Estes contos são entregues, pelo pároco, a toda a população que presencia às missas na Paróquia onde frequento (porque efectivamente eu sou uma católica praticante e se há sitio onde me podem encontrar, é lá). Cada conto destes conta com uma conclusão, moral, o que lhe quiserem chamar. Para quem não é Cristão nem nada do género, provavelmente nem acha piada nenhuma. Mas aconselho sempre a ler.
Os filhos são como os navios
Ao olhar um navio no porto, imaginamo-lo no lugar mais seguro, protegido por uma forte âncora. No entanto ele está em preparação para se lançar de novo ao mar, ao destino para o qual foi enviado, indo ao encontro de aventuras e riscos.
Dependendo do que a força da natureza lhe reserva, poderá ter que desviar da rota, traçar outros caminhos ou procurar outros portos. Certamente retornará fortalecido pela aprendizagem adquirida, mais enriquecida pelos diferentes países percorridos. E haverá muita gente no porto, feliz, á sua espera.
Assim são os filhos. Têm nos PAIS o seu porto seguro até se tornarem independentes. Por mais segurança, sentimentos de preservação e de manutenção que possam sentir junto aos seus pais, eles nasceram para singrar nos mares da vida, correndo os seus próprios riscos e vivendo as suas próprias aventuras. Levarão consigo os exemplos dos PAIS, o que eles aprenderam e os conhecimentos da escola, mas a principal provisão, além das provisões materiais, estará no interior de cada um deles: A capacidade de ser feliz. Sabemos, no entanto, que não existe felicidade pronta, algo que aguarda num esconderijo para ser doado, transmitido a alguém.
O lugar mais seguro onde o navio pode estar é o porto. Mas ele não foi feito para permanecer ali. Os PAIS também podem pensar que são o porto mais seguro dos filhos, no entanto, não se podem esquecer do dever de os preparar para navegar mar adentro encontrando o seu próprio lugar, onde se sintam seguros, certos de que hão-de ser, noutro tempo, este porto seguro para outros que deles hão-de nascer.
Ninguém pode traçar o destino dos filhos, antes deve estar consciente de que na bagagem devem levar VALORES HERDADOS como: Humildade, Humanidade, Disciplina, Gratidão e Generosidade. Os filhos nascem dos pais, mas devem tornar-se cidadãos do mundo. Os pais podem querer o sorriso dos filhos, mas… não podem sorrir por eles.
A felicidade consiste em ter um ideal e ter a certeza de que se estão a dar passos firmes no sentido da busca. Os pais não devem seguir os passos dos filhos nem estes devem descansar no que os pais conquistaram. Devem os filhos partir do lugar onde os pais chegaram, do seu porto, e como os navios, navegar para as próprias conquistas e aventuras. Mas para isso, precisam de ser preparados e amados, na certeza de que: QUEM AMA EDUCA.
Conclusão: Como é difícil soltar as amarras.
Autor desconhecido