21 novembro 2010

Conto VIII

Se eu for primeiro que tu

Se eu for antes de ti, não chores pela minha ausência; alegra-te por tudo o que amámos juntos. Não me procures entre os mortos, onde nunca estivemos; encontra-me em todas as coisas que não teriam existido se tu e eu não nos tivéssemos conhecido. Eu estarei ao teu lado, sem dúvida alguma, em tudo o que tivermos criado juntos: nos nossos filhos, certamente, mas também no suor compartilhado no prazer, no suor do trabalho e nas lágrimas que chorámos juntos. E em todos aqueles que passaram ao nosso lado, que, irremediavelmente, receberam algo de nós e levam consigo – sem o notar nem eles nem nós – algo de ti e algo de mim. Também os nossos fracassos, as nossas indolências e os nossos pecados serão testemunhas permanentes de que estivemos vivos, e não fomos anjos, mas homens. Não te prendas às recordações nem aos objectos, porque onde quer que vejas que estivemos, com quem quer que fales que nos conhecesse, aí haverá algo de mim; aquilo seria diferente, mas indubitavelmente diferente, se não tivéssemos aceitado viver juntos o nosso amor durante tantos anos; o mundo estaria já salpicado de nós. Não chores a minha falta, porque só te faltará a minha palavra nova e o meu calor desse momento. Chora se quiseres, porque o corpo se enche de lágrimas perante tudo aquilo que é maior que ele, que não é capaz de compreender, mas que entende como algo grandioso, porque quando a língua não é capaz de exprimir uma emoção, já só podem falar os olhos. E vive. Vive criando cada dia mais que antes. Porque eu não sei como, mas estou certo de que a minha outra presença eu também estarei criando junto de ti, e será precisamente nesse acto de trazer algo que não estava onde nos teremos encontrado. Sem o entender muito bem, mas assim mesmo. Como os grãos de trigo que não entendem que o seu companheiro morto no campo deu vida a muitos novos companheiros. Assim, com essa esperança, deverás continuar deixando o teu rasto, para que, quando a tua morte nos voltar a dar a mesma voz, quando o nosso próximo abraço nos incorporar definitivamente na Única Criação, muitos possam dizer de nós: se não nos tivessem amado, o mundo estaria mais atrasado.
Há homens tão complicadooss!!

15 novembro 2010

In Portugal

As duas do dia:
- Portugal talvez até tenha que recorrer ao FMI (aahhh!!)
- Mas vai avançar com o TGV (uuhhh!!)
E emigrar?!!

Conto VII

Porquê ir à Igreja?

Um frequentador de Igreja escreveu para o editor de um jornal e reclamou que não fazia sentido ir à Igreja todos os domingos.
“Eu vou à Igreja há cerca de 30 anos”, escreveu ele e durante todo este tempo ouvi mais de 15 000 sermões. Mas de todos eles, não consigo lembrar-me de um sequer… Assim, penso eu, todo este tempo é perdido inutilmente e os pregadores desperdiçam o seu tempo pregando em vão. Esta carta gerou uma grande controvérsia na coluna “Cartas ao Editor”, para prazer do editor, chefe do jornal.
Isto durou semanas, recebendo e publicando cartas sobre o assunto, até que alguém escreveu este argumento:
“Eu estou casado já há mais de 30 anos”. Durante todo este tempo a minha esposa deve ser cozinhado umas 20 000 refeições. Eu não consigo lembrar-me da ementa de nenhuma delas. Mas, de uma coisa eu estou certo… todas elas me alimentaram e me deram a força que eu precisava para fazer o meu trabalho. Se a minha esposa não me tivesse dado estas refeições, provavelmente eu hoje estaria fisicamente morto. Da mesma maneira, se eu não tivesse ido à igreja para alimentar a minha fome espiritual, eu hoje estaria espiritualmente morto.
Conclusão: Ninguém pode amar o que não conhece… Dá dó ouvir frequentes reacções como estas e outras, fruto da mais crassa ignorância. Apetece dizer como Cristo na Cruz – “Perdoai-lhes Senhor porque não sabem o que dizem…”

13 novembro 2010

Hush, Hush

Ontem terminei de ler um dos livros que mais me fascinou até agora... podem.lhe chamar fantasia/terror/drama/romance, o que quiserem. Mas o que eu sei é que Amei ler aquele livro. O título do livro é Hush, Hush de autoria de Becca Fitzpatrick, fala.nos de Anjos, Anjos caídos do céu, Anjos da Guarda, Nefilins, Chanceys e uma paixão linda de morrer entre um Anjo e uma meia.humana. Terminei o livro com vontade de ler mais livros desta autora e logo fui pesquisar o que encontrava, para minha alegria fiquei a saber que a história tem continuação é pena é que ainda não tenha sido apresentado/lançado em Portugal. Por enquanto tenho que ficar à espera, já sei que vai ter como título Crescendo e que com toda a certeza vai ser uma história de ficar sempre agarrada ao livro. Aconselho a lerem, principalmente, quem é fascinado por vampiros. Quando lerem este livro, vão esquecer por completo os vampiros. E Deus queira que uma alma caridosa queiram investir este livro num filme, mas um filme com qualidade! Tenho a certeza que ia ser mais um sucesso de bilheteira! =b

Conto VI

E agora fica aqui um conto alucivo ao Dia de S. Martinho que já passou, mas não é por isso que se deixa de comer as castanhas tipicas. Já para não esquecer que é hoje que os meninos da catequese vão comemorar o Dia todos juntos.

S. Martinho de Tours

"Martinho nasceu na Hungria, antiga Panónia, por volta do ano 316 e pertencia a uma familia pagã. Seu pai era comandante do exército romano. Por curiosidade começou a frequentar uma Igreja, ainda criança, sendo instruído na doutrina cristã, porém sem receber o baptismo. Ao atingir a adolescência, para tê-lo mais à sua volta, seu pai alistou-o na cavalaria do exército imperial. Mas se o intuito do pai era afasta-lo da Igreja, o resultado foi inverso, pois Martinho, continuava a praticar os ensinamentos cristãos, principalmente a caridade. Depois, foi destinado a prestar serviço na Gália, hoje França.
Foi nessa época que ocorreu o famoso episódio do manto. Um dia um mendigo que tritava de frio pediu-lhe esmola e, como não tinha, o cavalariano cortou o seu próprio manto com a espada, dando metade ao pedinte. Durante a noite o próprio Jesus apareceu-lhe em sonhos, usando o pedaço de uma manta que dera ao mendigo e agradeceu e Martinho o facto de o ter aquecido no frio. Dessa noite em diante, decidiu deixar as foleiras militares para se dedicar à religião.
Com vinte e dois anos já estava baptizado, provavelmente pelo Bispo de Amiens. Tornou-se monge e discípulo do famoso Bispo de Pointiers, Santo Hilário, que o ordenou diácono. Martinho liderou a conversão de muitos e muitos habitantes da região rural. Com seus monges ele visitava as aldeias pagãs, pregava o evangelho, derrubava templos e ídolos e construia igrejas. Onde encontrava resistência fundava um mosteiro com os monges evangelizando pelo exemplo da caridade cristã, logo todo o povo se convertia.
Quando ficou vaga a diocese de Tours, em 371 o povo aclamou-o por unanimidade para ser Bispo. Martinho aceitou. Martinho exerceu o episcopado por vinte e cinco anos e, aos oitenta e um, no dia 08 de Novembro de 397 morreu. Sua festa é comemorada no dia 11, data em que foi sepultado na cidade de Tours.
Venerado como Santo Martinho de Tours tornou-se o primeiro Santo não mártir a receber culto oficial da Igreja e um dos Santos mais populares da Europa medieval."

Só para não dizer que já não escrevo nada aqui há mais de um mês... ou não

A vontade de escrever anda muito má... Quando há vontade, não há tempo e quando há tempo não há vontade! O pior é que não é só com o escrever que isto se passa, ainda agora tenho uma data de coisas para fazer e eu ando aqui, a passear na internet (só de pensar nos dois trabalhos que tenho de fazer e das coisas que tenho para estudar, uii)...
Mas pronto, a minha cabeça também não anda lá muito boa, já por natureza... coloco pensamentos secundários em primeiro lugar e depois ando nisto, numa revolta interior medonha. Tenho que por ordem na barraca para que a bela head ande sem cefaleias e sem pensamentos indevidos... Talvez com uma sessão de Musicoterapia coisa acalme.

04 novembro 2010

Conto V

Gestão de Tempo

Um consultor, especialista em Gestão de Tempo, quis surpreender a assistência numa conferência. Tirou debaixo da mesa um frasco grande de boca larga. Colocou-o em cima da mesa, junto a uma bandeja com pedras do tamanho de um punho e perguntou:
- Quantas pedras pensam que cabem neste frasco?
Depois dos assistentes fazerem os seus cálculos, começou a meter pedras até que encheu o frasco. Depois perguntou:
- Está cheio?
Toda a gente olhou o frasco e concordou que sim. Então ele tirou debaixo da mesa um saco com gravilha. Meteu parte da gravilha dentro do frasco e agitou-o. As pedrinhas penetraram pelos espaços que deixavam as pedras grandes. O consultor sorriu com ironia e repetiu:
- Está cheio?
Desta vez os ouvintes duvidaram:
- Talvez não…
- Muito bem!
E pousou na mesa um saco com areia que começou a despejar no frasco. A areia enchia os pequenos buracos deixados pelas pedras e pela gravilha.
- Está cheio?
E os assistentes exclamaram que Não! Pegou numa jarra de água que começou a verter para dentro do frasco. O frasco absorvia a água sem transbordar.
- Bom, o que é que acabamos de demonstrar?
Um ouvinte respondeu que não importa o quão cheia está a nossa agenda, se quisermos, conseguimos sempre fazer com que caibam mais coisas.
- Não!! O que esta lição nos ensina é que se não colocam as pedras grandes primeiro, nunca poderão colocá-las depois!! Quais são as grandes pedras nas vossas vidas? Os nossos filhos, a pessoa amada, os amigos, os nossos sonhos, a nossa saúde.
Lembrem-se: ponham-se sempre primeiro. O resto encontrará o seu lugar.

Conto IV

O Barbeiro

Um homem foi ao barbeiro cortar o cabelo como sempre fazia.
Começou a conversar com o barbeiro sobre vários assuntos. Conversa vai, conversa vem, começaram a falar sobre Deus. O barbeiro disse:
- Eu não acredito que Deus exista como o senhor diz!
- Porque diz isso? - perguntou o cliente.
- Bem, é muito simples. O Senhor só precisa sair à rua para ver que Deus não existe. Se Deus existisse, acha que existiriam tantas pessoas doentes? Existiriam crianças abandonadas? Haveria dor ou sofrimento… Não consigo imaginar um Deus que permita todas essas coisas.
O cliente pensou por um momento, não quis responder, para prevenir uma discussão. O barbeiro terminou o trabalho e o cliente saiu.
Nesse momento, viu um homem na rua com barba e cabelos longos. Há muito tempo que não cortava o cabelo ou fazia a barba, estava bem sujo e arrepiado. Então o cliente voltou para a barbearia e disse:
- Sabe uma coisa? Não existem barbeiros!
- Como assim? – perguntou o barbeiro – eu sou um deles.
- Não! – exclamou o cliente.
Eles não existem, pois se existissem não haveria pessoas com barba e cabelos compridos como aquele homem que está ali na rua.
- Ah, mas os barbeiros existem, o que acontece é que as pessoas não procuram, e isso é uma opção delas.
- Exactamente! – afirmou o cliente. É justamente isso. Deus existe, o que acontece é que as pessoas não o procuram, pois é uma opção delas e é por isso que há tanta dor e sofrimento no mundo.
Moral da História:
É tudo uma questão de liberdade. Porque somos livres podemos escolher entre seguir os mandamentos de Deus e os nossos caprichos. O homem sempre quis ser Deus, isto é, ter em si o critério do bem e do mal e depois é o que vemos. Guerras e mais guerras, destruição ecológica, desentendimento, arrogância, altivez, lucro fácil e desmedido. E ainda por cima culpa Deus dos seus devaneios. É preciso ter lata… Quem semeia ventos colhe tempestades. Quem faz uma vida sem Deus o que é que espera? A factura vem logo a seguir e já estamos a pagá.la. Conclusão: é Deus ou somos nós os culpados? Sejamos honestos.
E já vai 1ano e 2meses...