03 dezembro 2009

Tem dias que dá para escrever coisas

“Odeio.te e por mais que te diga as coisas tu não entendes. Fazes doer.me a alma, estar mal contigo é igual a noites mal passadas.”

“À tua pala chamo.me todos os nomes e mais alguns.”

“O que dói mais? Saber que tenho que mudar e não mudo, não consigo e talvez numa atitude mais egoísta de não querer também.”

“Vou.te ser sincera, ás vezes ponho.me a pensar o como sou capaz de aguentar determinadas coisas. E questiono.me até com essa frequência se o sentimento que tenho por ti não é assim tão forte quanto faz parecer e se o melhor não seria talvez colocar um ponto final em tudo. Mas depois chegam aquelas alturas em que tudo de mais melodramático existia a ronronar na cabeça desaparece. Porque tudo o que possa passar pela cabeça e que não estejas, faz doer, faz ter um vazio no interior. Preenches.me, és o calor que me aquece no Inverno, és tudo, és importante. A minha vida sem ti, já não seria a mesma coisa.”

“Tipo, a minha vida não é ter um namorado ou algo do género… Não sei se é por minha causa ou da outra pessoa… Mas o facto é que eu não suporto determinadas coisas. Sou uma má namorada. Não sei adaptar.me a determinadas situações e isso provoca.me algum mal.estar. No entanto, também sei o quanto é essencial para mim um abraço, beijinho, mimo, sei lá, são essenciais e de certeza não conseguiria passar sem elas. Vida madrasta. Tem dias, que dá vontade de mandar cá para fora uma data de coisas.”

Num dia destes deparei.me com estas coisinhas que tinha escrito ao longo do tempo em vários sítios e a verdade é que andava com isto sem dó nem piedade na cabeça. Quando li a parte final deste último é que achei imensa graça, porque efectivamente tem dias que dá vontade de mandar cá para fora uma data de coisas e foi mesmo isso que recentemente fiz. Farta de situações e pequenas situações, decidi iniciar um confrontozinho à “cara-metade” e dizer tudo o que me chateava e aborrecia, tudo o que fazia sentido e que não tinha sentido nenhum… mas disse.o e a partir daí não há mais desculpas para transportar na cabeça como um peso. Ainda aproveitei para aconselhar e dar avisos. Sinceramente, para mim foi o melhor, se calhar podia ter corrido muito mal mas eu já estava por tudo. Passou e vi coisas esclarecidas e outras que nem tanto, no entanto voltei a reforçar com avisos. A partir daí deixei de me preocupar com coisas banais e de uma coisa ficou garantido: comigo não brincam nem fazem de “gato de sapato”.

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