25 fevereiro 2011

Conto XXII

O Cliente tem sempre razão


“Prezados Senhores,
Esta é a oitava carta jurídica de cobrança que recebo de Vossas Senhorias…
Sei que não estou em dia com os meus pagamentos.
Acontece que estou a dever também noutras lojas e todas esperam que eu lhes pague. Contudo os meus rendimentos mensais só permitem que pague duas prestações no fim de cada mês. As outras ficam para o mês seguinte.
Estejam cientes de que eu não sou injusto, daquele tipo que prefere pagar a esta ou àquela empresa em detrimento das demais. Não!
Todos os meses quando recebo o meu ordenado, escrevo o nome dos meus cobradores em pequenos pedaços de papel, que enrolo e coloco dentro de uma caixinha. Depois, olhando para o outro lado, retiro dois papéis que são os “sortudos” que irão receber o meu rico dinheirinho. Os outros, paciência. Ficam para o mês seguinte.
Afirmo aos Senhores, com toda a certeza, que a Vossa empresa consta todos os meses da minha caixinha. Se ainda não vos paguei, é porque estais com pouca sorte.
Finalmente, faço-vos uma advertência: Se continuardes com essa mania de me enviar cartas de cobrança ameaçadoras e insolentes, como a última que recebi, serei obrigado a excluir o nome da vossa empresa dos meus sorteios mensais…”
* Esta carta é verídica.

20 fevereiro 2011

Estou apaixonadinha por esta música *.*

Bruno Mars - Grenade

15 fevereiro 2011

E só queria dizer que...

... em relação ao dia de ontem. Amei! Felizmente ele estava de folga e eu consegui ficar com a tarde livre. À noite levou.me a jantar, com música ao vivo, luz das velas, lindo, lindo, lindo! Amei mesmo. Enfim, era só isto que queria dizer!

Conto XXI

Pobres dos nossos ricos


A maior desgraça de uma nação pobre é que em vez de produzir riqueza, produz ricos. Mas ricos sem riqueza. Na realidade, melhor seria chamá-los não de ricos mas de endinheirados.
Rico é quem possui meios de produção. Rico é quem gera dinheiro e dá emprego.
Endinheirado é quem simplesmente tem dinheiro ou que pensa que tem. Porque, na realidade, o dinheiro é que o tem a ele.
A verdade é esta: são demasiado pobres os nossos “ricos”. Aquilo que têm, não detêm. Pior: aquilo que exibem como seu, é propriedade de outros. É produto de roubo e de negociatas.
Não podem, porém, estes nossos endinheirados usufruir em tranquilidade de tudo quanto roubaram. Vivem na obsessão de poderem ser roubados.
Necessitavam de forças policiais à altura. Mas forças policiais à altura acabariam por lança-los a eles próprios na cadeia. Necessitavam de uma ordem social em que houvesse poucas razões para a criminalidade. Mas se eles enriqueceram foi graças a essa mesma desordem (…)

Mia Couto

08 fevereiro 2011

Motivação

Brutaaal, o carequinha parece.se com uma pessoa que eu conheço. Ri tanto LOL

01 fevereiro 2011

Conto XX

Acto Irreflectido

Depois de 20 longos anos de trabalho por conta de outrem, orgulhoso, o Sr. Mário chama a sua esposa para ver o camião novo que acabara de comprar. O primeiro que conseguira após todos aqueles anos de sufoco. A partir daquele dia, seria patrão de si próprio.
Ao chegar à porta de sua casa com a esposa, encontra seu filho de 6 anos, a martelar alegremente a chapa brilhante do camião. Irado, aos berros, pergunta o que o filho estava a fazer e, sem hesitar, no meio de seu furor, martela impiedosamente as mãos do filho, ficando este a chorar sem entender o que estava a acontecer.
A mulher do camionista, corre em socorro do filho, mas pouco pôde fazer. Chorando junto ao filho consegue trazer o curativo das lesões provocados pelo pai.
Passadas várias horas de cirurgia, o médico desconsolado, bastante abatido, chama os pais e informa que as lesões provocadas foram de tão grande extensão, que todos os dedos da criança tiveram que ser amputados, mas que de resto o menino era forte e tinha resistido bem ao acto cirúrgico.
Ao acordar, o menino foi só sorrisos e disse ao pai:
- Pai desculpa-me, só queria arranjar o teu camião, como tu me ensinaste no outro dia. Não fiques chateado comigo!
O pai enternecido, disse que não tinha importância, já não estava chateado e não havia estragado a chapa do seu camião.
O menino com os olhos radiantes perguntou:
- Quer dizer que não estás mais aborrecido comigo?
- Não! – respondeu o pai.
- Se estou perdoado pai, quando vão nascer de novo os meus dedinhos?
Moral da história:
Apesar de forte, esta história tem um cunho bem real. Na hora da “ira”, magoamos profundamente quem amamos. Muitas das vezes não podemos “sarar” a ferida que deixamos. Assim espero que ao lerem esta história, fiquem tão impressionados como eu fiquei. Pense nas suas atitudes e reflicta para ver o quanto tem sido impetuosos e, se for possível, mude os seus comportamentos, a fim de evitar danos maiores e irreversíveis, como o pai desta criança.