27 novembro 2013

Caminhos de Sabedoria *5

Tristeza: A Nossa Estrada Para A Sabedoria

… podemos medir a nossa estrada para a sabedoria pelo número de tristezas pelas quais passámos. 
Bulwer

As tristezas são os nossos melhores educadores. Um homem pode ver mais longe através de uma lágrima do que de um telescópio. O desgosto deveria ser o instructor dos sábios… 
Lord Byron (1788 – 1824)

As nossas verdadeiras bênçãos aparecem muitas vezes sobre a forma de dor, perdas e desilusões; mas tenhamos paciência e em breve vê-las-emos nas suas figuras próprias. 
Joseph Addison (1672 – 1719)

Na verdade é na escuridão que se descobre a luz; quando estamos tristes, essa luz está perto de todos nós. 
Meister Eckhart (c. 1260 – 1327)

Demasiado sol faz um deserto. Na tristeza descobrimos o que é realmente importante; na tristeza descobrimo-nos a nós mesmos. 
Provérbio Árabe

No pico do Inverno aprendi finalmente que em mim reside um Verão invencível. 
Albert Camus (1913 – 1960)


As nossas vidas são como o curso do sol. Nos momentos mais escuros há a promessa do amanhecer. 
The Times Londres 24 de Dezembro de 1984

25 novembro 2013

Caminhos de Sabedoria *4

Dar: Um dos Segredos da Vida

Um dos segredos mais profundos da vida é que a única coisa que realmente vale a pena fazer é aquilo que fazemos pelos outros. 
Lewis Carroll (1832-1898)

Para que é que vivemos senão para nos facilitarmos a vida uns aos outros? 
George Eliot [Mary Ann Evans] (1819-1880)

As palavras amáveis podem ser curtas e fáceis de pronunciar, mas as suas repercussões são intermináveis.
Madre Teresa (1910-1997)

A ternura e a bondade não são sinais de fraqueza e desespero, mas manifestações de força e determinação. 
Kahlil Gibran (1883-1931)

Os seres humanos que não deixam para trás grandes vitórias, mas apenas uma sequência de pequenos gestos de bondade, não desperdiçaram a vida. 
Charlotte Gray, N. 1937

Os que dão têm tudo; os que guardam não têm nada. 
Provérbio Hindu

A bondade é mais importante do que a sabedoria e o reconhecimento disto é o primeiro passo da sabedoria. 
Theodore Isaac Rubin

A verdadeira riqueza da pessoa é o bem que ela faz ao mundo. 
Mohammed (c.570-c. 632)

Sê sempre um pouco mais amável do que o necessário. 
Sir James M. Barrie (1860 – 1937)

Se nunca sentiste a alegria de um gesto amável, negligenciaste muito, sobretudo a ti mesmo. 
A. Neilen

Aqueles que trazem a luz à vida dos outros não podem mantê-la para si. 
Sir James M. Barrie (1860-1937)

Tinha encontrado a serenidade, já não parecia importar se os outros gostavam de mim ou não – mais importante para mim era que eu gostasse deles. Este sentimento muda-te completamente; viver tornou-se no acto de dar. 
Beverly Sills, N. 1929

Qual o melhor presente que já recebeste? Melhor ainda, qual o melhor presente que já deste? Talvez te recordes que, em cada situação, o melhor presente foi aquele que estava atado com as cordas do coração do dador, aquele que incluiu uma parte de si mesmo. 
Wanda Fulton

Espero passar pela vida só uma vez. Por isso, se houver bondade que eu possa mostrar, ou alguma coisa boa que possa fazer pelo próximo sem adiar ou negligenciar, deixem-me fazê-la agora, pois não passarei outra vez por aqui. 
William Penn (1644-1718)


Se não nos ajudarmos uns aos outros quem o fará? 
Barbara Mandrell, N. 1948

23 novembro 2013

Folha Dominical 40

XXXIII Domingo do Tempo Comum

Naquele tempo, comentavam alguns que o templo estava ornado com belas pedras e piedosas ofertas. Jesus disse-lhes: «Dias virão em que, de tudo o que estais a ver, não ficará pedra sobre pedra: tudo será destruído». Eles perguntaram-lhe: «Mestre, quando sucederá isso? Que sinal haverá de que está para acontecer?» Jesus respondeu: «Tende cuidado; não vos deixeis enganar, pois muitos virão em meu nome e dirão: “sou eu”; e ainda: “O tempo está próximo”. Não os sigais. Quando ouvirdes falar de guerra e revoltas, não vos alarmeis: é preciso que estas coisas aconteçam primeiro, mas não será logo o fim». Disse-lhes ainda: «Há-de erguer-se povo e reino contra reino. Haverá grandes terramotos e, em diversos lugares, fomes e epidemias. Haverá fenómenos espantosos e grandes sinais no céu. Mas antes de tudo isto, deitar-vos-ão as mãos e hão-de perseguir-vos, entregando-vos às sinagogas e às prisões, conduzindo-vos à presença de reis e governadores, por causa do meu nome. Assim tereis ocasião de dar testemunho. Tende presente em vossos corações que não deveis preparar a vossa defesa. Eu vos darei língua e sabedoria a que nenhum dos vossos adversários poderá resistir ou contradizer. Sereis entregues até pelos vossos pais, irmãos, parentes e amigos. Causarão a morte a alguns de vós e todos vos odiarão por causa do meu nome; mas nenhum cabelo da vossa cabeça se perderá. Pela vossa perseverança salvareis as vossas almas.
(Lc 21, 5-19)
Na actual situação económica, a tentação para as economias mais dinâmicas é de recorrer a alianças vantajosas que, contudo, podem resultar pesadas para outros Estados mais pobres, prolongando situações de pobreza extrema de multidões de homens e mulheres e esgotando os recursos naturais da terra, confiada por Deus Criador ao homem – países de antiga industrialização se incentivam estilos de vida orientados para um consumo insustentável, que se num novo equilíbrio entre agricultura, indústria e serviços, para que o desenvolvimento seja sustentável, e a ninguém faltem pão e trabalho, e o ar, a água e os outros recursos primários sejam preservados como bens universais (cf. Enc. Caritas in veritate, 27). Por isso, é fundamental cultivar e difundir uma clara consciência ética, à altura dos desafios mais complexos do tempo presente; educar todos para um consumo mais sábio e responsável; promover a responsabilidade pessoal juntamente com a dimensão social das actividades rurais, fundadas em valores perenes, como o acolhimento, a solidariedade, a partilha da fadiga no trabalho. Muitos jovens já escolheram este caminho; também diversas pessoas formadas voltam a dedicar-se à empresa agrícola, sentindo que assim respondem não só a uma necessidade pessoal e familiar, mas também a um sinal dos tempos, a uma sensibilidade concreta pelo bem comum.

(Bento XVI, da audiência de 14 de Novembro de 2010)

17 novembro 2013

Provérbio

“A abundância, como a necessidade arruína muitos.”

14 novembro 2013

Os meus sons do momento ^^,

Paulo Gonzo e Ana Carolina – Quem de nós dois

John Legend – All of me

Justin Timberlake – Holy Grail ft Jay Z

Caminhos de Sabedoria *3

Felicidade

Tudo o que é preciso para achar que a felicidade é aqui e agora é um coração moderado. 
Nikos Kazantzakis (1885 – 1957)

Queres ser feliz? Então torna a tua vida tão emocionalmente simples como o respirar acordado. 
Sri Chinmoy, N. 1931, em The Wings of Joy

A felicidade está em dar. 
Christopher Hoare

A felicidade é um perfume que não podes pôr nos outros sem que te caiam umas gotas em cima… 
Ralph Waldo Emerson (1803 – 1882)

A felicidade é quando o que pensas, o que dizes e o que fazes estão em harmonia. 
Mahatma Gandhi (1869 – 1948)

Muitos correm atrás da felicidade como homens distraídos à procura do chapéu quando o têm na mão ou na cabeça. 
James Sharp (1613 – 1679)

Apesar de todas as dúvidas, a felicidade está sempre num compasso estreito e entre objectos que estão ao nosso alcance imediato. 
Bulwer

Sê verdadeiro nos teus pensamentos, sê puro nos teus sentimentos. Não terás de correr atrás da felicidade. Ela correrá atrás de ti. 
Sri Chinmoy, N. 1931, em The Wings of Joy

A alegria não está nas coisas mas em nós. 
Richard Wagner (1813 – 1883)

Ver o milho a crescer e as flores a florir; respirar fundo depois de trabalhar a solo, ler, pensar, amar, desejar, rezar – estas são as coisas que fazem os homens felizes. 
John Ruskin (1819 – 1900)


… a felicidade dá-nos paz e a paz faz-nos felizes. As duas coisas são inseparáveis. 
Sri Chinmoy, N. 1931 em The Wings of Joy

12 novembro 2013

Folha Dominical 39

XXXII Domingo do Tempo Comum – Ano C

Naquele tempo, aproximaram-se de Jesus alguns saduceus – que negam a ressurreição – e fizeram-Lhe a seguinte pergunta: «Mestre, Moisés deixou-nos escrito: ‘Se morrer a alguém um irmão, que deixe mulher, mas sem filhos, esse homem deve casar com a viúva, para dar descendência a seu irmão’. Ora havia sete irmãos. O primeiro casou-se e morreu sem filhos. O segundo e depois o terceiro desposaram a viúva; e o mesmo sucedeu aos sete, que morreram e não deixaram filhos. Por fim, morreu também a mulher. De qual destes será ela esposa na ressurreição, uma vez que os sete a tiveram por mulher?» Disse-lhes Jesus: «Os filhos deste mundo casam-se e dão-se em casamento. Mas aqueles que forem dignos de tomar parte  na vida futura e na ressurreição dos mortos, nem se casam nem se dão em casamento. Na verdade, já nem podem morrer, pois são como os Anjos, e, porque nasceram da ressurreição, são filhos de Deus. E que os mortos ressuscitam, até Moisés o deu a entender no episódio da sarça ardente, quando chama ao Senhor ‘o Deus de Abraão, o Deus de Isaac e o Deus de Jacob’. Não é um Deus de mortos, mas de vivos, porque para Ele todos estão vivos».
(Lc 20, 27-38)

A comunhão dos santos vai além da vida terrena, vai além da morte e perdura para sempre. Esta união entre nós vai mais além e continua na outra vida; trata-se de uma união espiritual que deriva do Baptismo e não é interrompida pela morte mas, graças a Cristo ressuscitado, está destinada a encontrar a sua plenitude na vida eterna. Existe uma união profunda e indissolúvel entre quantos ainda são peregrinos neste mundo – entre nós – e aqueles que já ultrapassaram o limiar da morte para entrar na eternidade. Todos os baptizados da terra, as almas do Purgatório e todos os beatos que já se encontram no Paraíso formam uma única grande família. Esta comunhão entre a terra e o Céu realiza-se especialmente na prece de intercessão.
Estimados amigos, dispomos desta beleza! É nossa realidade, de todos, que nos faz irmãos, que nos acompanha no caminho da vida e que depois nos levará a encontrar-nos no Céu. Percorramos este caminho com confiança e alegria. O cristão deve ser alegre, com o júbilo de ter muitos irmãos baptizados que caminham com ele; animado pela ajuda dos irmãos e das irmãs que percorrem este mesmo caminho para ir ao Céu; e também com a ajuda dos irmãos e das irmãs que estão no Céu e intercedem por nós junte de Jesus. Em frente ao longo deste caminho com alegria!

Da audiência do Papa Francisco, dia 30 de Outubro de 2013

07 novembro 2013

Pensamento

“O que é bonito neste mundo, e anima, é ver que na vindima de cada sonho fica a cepa a sonhar outra aventura. E que a doçura que não se prova se transfigura noutra doçura muito mais pura e muito mais nova.” 
Miguel Torga

05 novembro 2013

Folha Dominical 38

XXXI Domingo do Tempo Comum – Ano C

Naquele tempo, Jesus entrou em Jericó e começou a atravessar a cidade. Vivia ali um homem rico chamado Zaqueu, que era chefe de publicanos. Procurava ver quem era Jesus, mas, devido, à multidão, não podia vê-l’O, porque era de pequena estatura. Então correu mais à frente e subiu a um sicómoro, para ver Jesus, que havia de passar por ali. Quando Jesus chegou ao local, olhou para cima e disse-lhe: «Zaqueu, desce depressa, que Eu hoje devo ficar em tua casa». Ele desceu rapidamente e recebeu Jesus com alegria. Ao verem isto, todos murmuravam, dizendo: «Foi hospedar-Se em casa dum pecador». Entretanto, Zaqueu apresentou-se ao Senhor, dizendo: «Senhor, vou dar aos pobres metade dos meus bens e, se causei qualquer prejuízo a alguém, restituirei quatro vezes mais.» Disse-lhe Jesus: «Hoje entrou a salvação nesta casa, porque Zaqueu também é filho de Abraão. Com efeito, o Filho do homem veio procurar e salvar o que estava perdido». 
(Lc 19, 1-10)


5. Gostaria de encorajar a todos para que se façam portadores da Boa Nova de Cristo e agradeço, de modo especial, aos missionários e às missionárias, aos presbíteros fidei donum, aos religiosos e às religiosas, aos fiéis leigos – cada vez mais numerosos – que, acolhendo a chamada do Senhor, deixaram a própria pátria para servir o Evangelho em terras e culturas diferentes. Mas queria também sublinhar como as próprias Igrejas jovens se estão empenhando generosamente no envio de missionários às Igrejas que se encontram em dificuldade – não raro Igrejas de antiga cristandade – levando assim o vigor e o entusiasmo com que elas mesmas vivem a fé que renova a vida e dá esperança. Viver com este fôlego universal, respondendo ao mandato de Jesus «ide, pois, fazei discípulos de todos os povos» (Mt 28, 19), é uma riqueza para cada Igreja particular, para cada comunidade; e dar missionários nunca é uma perda, mas um ganho. Faço apelo, a todos aqueles que sentem esta chamada, para que correspondam generosamente à voz do Espírito, segundo o próprio estado de vida, e não tenham medo de ser generosos com o Senhor. Convido também os bispos, as famílias religiosas, as comunidades e todas as agregações cristãs a apoiarem, com perspicácia e cuidadoso discernimento, a vocação missionária ad gentes e a ajudarem as Igrejas que precisam de sacerdotes, de religiosos e religiosas e de leigos para revigorar a comunidade cristã. E a mesma atenção deveria estar presente entre as Igrejas que fazem parte de uma Conferência Episcopal ou de uma Região: é importante que as Igrejas mais ricas de vocações ajudem, com generosidade, aquelas que padecem a sua escassez. Ao mesmo tempo exorto os missionários e as missionárias, especialmente os presbíteros fidei donum e os leigos, a viverem com alegria o seu precioso serviço nas Igrejas aonde foram enviados e a levarem a sua alegria e esperança às Igrejas donde provêm, recordando como Paulo e Barnabé, no final da sua primeira viagem missionária, «contaram tudo o que Deus fizera com eles e como abrira aos pagãos a porta da fé» (Act 14, 27). Eles podem assim tornar-se caminho para uma espécie de «restituição» da fé, levando o vigor das Igrejas jovens às Igrejas de antiga cristandade a fim de que estas reencontrem o entusiasmo e a alegria de partilhar a fé, numa permuta que é enriquecimento recíproco no caminho de seguimento do Senhor. A solicitude por todas as Igrejas, que o Bispo de Roma partilha com os irmãos Bispos, encontra uma importante aplicação no empenho das Obras Missionárias Pontificas, cuja finalidade é animar e aprofundar a consciência missionária de cada baptizado e de cada comunidade, seja apelando à necessidade de uma formação missionária mais profunda de todo o Povo de Deus, seja alimentando a sensibilidade das comunidades cristãs para darem a sua ajuda a favor da difusão do Evangelho no mundo. Por fim, o meu pensamento vai pra os cristãos que, em várias partes do mundo, encontram dificuldade em professar abertamente a própria fé e ver reconhecido o direito a vivê-la dignamente. São nossos irmãos e irmãs, testemunhas corajosas – ainda mais numerosas do que os mártires nos primeiros séculos – que suportam com perseverança apostólica as várias formas actuais de perseguição. Não poucos arriscam a própria vida para permanecer fiéis ao Evangelho de Cristo. Desejo assegurar que estou unido, pela oração, às pessoas, às famílias e às comunidades que sofrem violência e intolerância, e repito-lhes as palavras consoladoras de Jesus: «Tende confiança, Eu já venci o mundo» (Jo 16, 33). Bento XXI exortava: «Que “a Palavra do Senhor avance e seja glorificada” (2Ts 3, 1)! Possa este Ano da Fé tornar cada vez mais firme a relação com Cristo Senhor, dado que só n’Ele temos a certeza para olhar o futuro e a garantia dum amor autêntico e duradouro» (Carta ap. Porta fidei, 15). Tais são os meus votos para o Dia Mundial das Missões deste ano. Abençoo de todo o coração os missionários e as missionárias e todos os cantos da terra e nós, ministros do Evangelho e missionários, possamos experimentar «a suave e reconfortante alegria de evangelizar» 
(Paulo VI Exort. Ap. Evangelii nuntiandi, 80).

Pensamento

“O lar é como que um ser vivo e animado com uma alma que envolve todos os que são do mesmo sangue, que têm o mesmo nome, a família, que conserva nela e salvaguarda a vida, a fé, o trabalho, a alegria, o amor, tudo associado a posto em comum, com as mesmas recordações e as mesmas esperanças.” 
Monsenhor Brás