14 junho 2011

Conto XXXIX

Amar já Hoje




Uma menina sofria diariamente conflitos permanentes e discussões acaloradas dos seus pais.
Por tudo e por nada gritavam, discutiam um com o outro, mesmo diante dos filhos, perturbando sempre o ambiente familiar, nomeadamente a ansiedade das crianças.
Um dia a menina acompanhou a sua mãe a uma visita ao cemitério. Tudo aquilo era novo para si. Enquanto se dirigia para a sepultura da sua querida avó, falecida recentemente, ia olhando para as lápides em mármore em seu redor. Parava de vez em quando e ia observando as palavras escritas em letras douradas ou pretas.
Em todas, lia mais ou menos o mesmo: «À meu querido esposo», «Aos meus saudosos pais», «À minha esposa muito querida», «Amar-te-ei eternamente»…
Ao sair do cemitério, a menina voltou-se para a mãe e perguntou-lhe:
- Será que teremos de morrer para nos começar-mos a amar?
Pairou no ar um silêncio profundo, a mãe com extrema dificuldade, soltou algumas palavras de resposta à menina dizendo:
-É evidente que não devemos esperar que as pessoas morram, para depois as começar a amar. O paraíso deve começar a ensaiar-se já aqui neste mundo e logo que nascemos.
- Mãe, não percebo porquê, se em nossa casa tu e o pai ainda não se entendem. Mais uma vez a mãe se embaraçou não conseguindo responder à criança de forma convicta.


Moral da História:
As crianças são a voz de Deus. Delas sai um louvor que confunde os sábios e perguntas que nos atrapalham como as desta história que assentam como uma luva na vida de todos nós: Porque não amar já hoje?

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