Porquê ir à missa ao domingo?
E as crianças? Ainda são demasiado pequenas…
Na realidade, as crianças nunca são demasiado pequenas para irem à Missa. Os apóstolos julgavam que sim. Mas o Senhor repreendeu-os: “Deixai vir a Mim os pequeninos, não os empeçais” (Lc 18, 16). Com efeito, muitas vezes, as pessoas crescidas é que preferiam não as ver lá. É um erro: as crianças têm o seu lugar na celebração; têm o direito de estar presentes como os filhos da casa. Uma igreja sem crianças já não seria Igreja de Jesus. É certo que os pais que levam à igreja filhos muito pequenos ficam às vezes fartos; também eles gostariam de poder rezar, de vez em quando, mais calmamente. Só há uma solução neste caso: combinar com um certo número de casais também com filhos pequenos para, cada um por sua vez, tomarem conta deles, quer num local próximo da igreja quer num local determinado na própria igreja. A Eucaristia é o sol da nossa vida: dela provêm saúde e calor. Permitiremos que os filhos não sejam iluminados por este sol?
É certo que temos que os ajudar para eles se exporem voluntariamente a este sol. Por isso, também é importante criar um bom clima familiar antes de ir para a igreja. Devem preparar-se as crianças para o encontro do Senhor. O coração deve bater ao ritmo desejado. Os ouvidos devem estar sintonizados no comprimento de onda devido. É por isso que é conveniente fazer qualquer coisa com eles já na véspera à noite: rezar juntos uns momentos, fazer uma leitura na bíblia das crianças, acender uma vela no local da oração… Às vezes também seria conveniente ajudá-los durante a própria celebração, dando-lhes, por exemplo, um livro com imagens religiosas para irem folheando. Algumas igrejas têm à entrada um cesto cheio de livros desses.
Mas as crianças também anseiam por poder participar mais ativamente: cantar num coro infantil, tocar um instrumento, ser acólito, levar as ofertas, fazer o peditório, acompanhar o padre com uma vela quando este distribui a comunhão…
E os jovens? Devemos deixar-lhes a liberdade de nos acompanharem?
As primeiras manifestações de autonomia por parte dos jovens têm muitas vezes, relativamente aos pais, um certo ar de desafio: «Porque é que eles querem que os acompanhe? Para tranquilizar a sua consciência ou por mim próprio?”. Os jovens experimentam os pais. Além disso, esperam deles um testemunho autêntico de pai e de mãe. Os pais que não vão à Missa perderam naturalmente todas as suas ‘armas’ de pais.
Por vezes, é bom participar com eles numa celebração que seja mais do seu género, onde se sintam à vontade, onde possam cantar e rezar com mais alegria. Mas continua a ser verdade que também se lhes deve dizer que a Missa continua a ser Missa, seja quem for o celebrante, sejam quem forem os fiéis.
É muito importante que na liturgia se criem espaços para os jovens. Mas também é evidente que a Missa nunca pode entrar em concorrência com os divertimentos e as festas a que eles vão durante o mesmo fim-de-semana.
Os jovens vivem ao longo de uma linha de fractura da sua existência; estão pouco à vontade e sentem mal-estar na sua procura de autonomia. É a razão pela qual não têm gosto em acompanhar os pais, seja aonde for: sentem-se demasiado infantilizados, sentem-se demasiado ‘crianças’. Nem sempre é, portanto, por aversão à Missa que lhes repugna acompanhá-los. Talvez prefiram ir a outro lado, onde ainda há jovens.
Como em tudo em que há crescimento, é importante, neste aspeto, ajudar os jovens a perceber o que se passa neles. Eles pedem que se tenha confiança neles, que se lhes dê crédito: mas não é por isso que os pais devem silenciar o que pensam ou o que desejam dos seus filhos.
Os jovens andam mais do que se pensa à procura de pontos de ancoragem e de orientações. Nós devemos procurar manter o seu coração aberto ao apelo do Senhor e velar para que não percam completamente o contacto com a comunidade dominical.
As primeiras manifestações de autonomia por parte dos jovens têm muitas vezes, relativamente aos pais, um certo ar de desafio: «Porque é que eles querem que os acompanhe? Para tranquilizar a sua consciência ou por mim próprio?”. Os jovens experimentam os pais. Além disso, esperam deles um testemunho autêntico de pai e de mãe. Os pais que não vão à Missa perderam naturalmente todas as suas ‘armas’ de pais.
Por vezes, é bom participar com eles numa celebração que seja mais do seu género, onde se sintam à vontade, onde possam cantar e rezar com mais alegria. Mas continua a ser verdade que também se lhes deve dizer que a Missa continua a ser Missa, seja quem for o celebrante, sejam quem forem os fiéis.
É muito importante que na liturgia se criem espaços para os jovens. Mas também é evidente que a Missa nunca pode entrar em concorrência com os divertimentos e as festas a que eles vão durante o mesmo fim-de-semana.
Os jovens vivem ao longo de uma linha de fractura da sua existência; estão pouco à vontade e sentem mal-estar na sua procura de autonomia. É a razão pela qual não têm gosto em acompanhar os pais, seja aonde for: sentem-se demasiado infantilizados, sentem-se demasiado ‘crianças’. Nem sempre é, portanto, por aversão à Missa que lhes repugna acompanhá-los. Talvez prefiram ir a outro lado, onde ainda há jovens.
Como em tudo em que há crescimento, é importante, neste aspeto, ajudar os jovens a perceber o que se passa neles. Eles pedem que se tenha confiança neles, que se lhes dê crédito: mas não é por isso que os pais devem silenciar o que pensam ou o que desejam dos seus filhos.
Os jovens andam mais do que se pensa à procura de pontos de ancoragem e de orientações. Nós devemos procurar manter o seu coração aberto ao apelo do Senhor e velar para que não percam completamente o contacto com a comunidade dominical.
Cardeal Godfried Danneels
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