30 maio 2014

... enamorados! #6

… e nós próprios seremos amados por algum tempo e depois esquecidos. Mas o amor terá sido suficiente… Há uma terra dos vivos e uma terra dos mortos e a ponte é o amor, o único sobrevivente, o único sentido. 
Thornton Wilder (1897 – 1976)

O amor é aquele estado em que a felicidade de outra pessoa é essencial para a nossa própria felicidade. 
Robert Heinlein

O amor não é «cego» mas visionário: vê o verdadeiro coração do objecto amado, e o verdadeiro eu escondido por detrás dos defeitos e limitações da pessoa. 
Andras Angyal

É preciso ter muita coragem para mostrar os nossos sonhos a alguém. 
Erma Bombeck (1927-1996)

O amor é como uma mina. Cada vez vamos mais fundo. Há passagens, subterrâneos, estratos. Descobrimos todas as eras geológicas. 
Christopher Isherwood (1904-1986)

Para o amor só existe a sede imortal do coração de ser completamente conhecido e totalmente perdoado. 
Henry van Dyke (1852-1933)

Amor é nunca precisar de pedir desculpa. 
Erich Segal, N. 1937

Faz o que te apetece. Ignora-o. Despreza-o. Mata-o à fome. É mais forte do que nós dois juntos. 
Em “Now, Voyager”

O som de um beijo não é tão alto como o de um canhão, mas o seu eco dura bastante mais. 
Oliver Wendell Holmes (1809 – 1894)

Os cientistas podem escrever todos os livros que quiserem afirmando que o amor é uma armadilha da natureza… mas esses cientistas só vão conseguir convencer outros cientistas, nunca as mulheres apaixonadas. 
Jean Arthur, como Mary Jones, em “The Devil and Miss Jones”

29 maio 2014

... enamorados! #5

Os seus lábios aproximaram-se e colaram-se num beijo; um longo, longo beijo de adolescente e de amor… Cada beijo um tremor de coração… 
Lord Byron (1788-1824), “Don Juan”

O amor supera o tempo. Para quem ama, um momento pode ser a eternidade e a eternidade, um tiquetaque de um relógio. 
Mary Parrish (Pseudónimo de Margaret Cousins), N. 1905

Uma carta tua e o universo que eu sou canta. 
Malcolm Lowry, para Jan Gabrial

Não podes acreditar nas saudades que tenho de ti. Passo quase todas as noites acordado a pensar em ti e de dia os meus pés conduzem-me… ao teu quarto… e ao encontrá-lo vazio afasto-me, deprimido e pesaroso como um amante impedido de entrar. 
Plínio Jovem, Século I d. C., à sua mulher Calpúrnia

É o amor que me torna arrojado e corajoso; é o amor que encontra uma passagem onde não há caminho; é o mais invencível de todos os deuses. 
Eurípides (480-406 a.C.)

Já esteve apaixonado; sabe como é. Sentimos prazer não só em estar com quem amamos mas também com toda a gente, connosco, com a vida. Subitamente vemos beleza e excitação em toda a parte. Não temos receio em manifestar o amor que sentimos: apaixonadamente, suavemente, por palavras ou em silêncio. E sentimo-nos fortes, generosos, totalmente vivos. 
George Weinberg

Amar é o mais nobre amuleto que transforma o mundo num jardim. 
Robert Louis Stevenson (1850-1894)

Adoro o cheiro do teu cabelo. Adoro tocá-lo com os meus lábios e senti-lo na minha cara. Beijo-o e encosto-me aos seus caracóis como se estivesse a cheirar um ramo de violetas. 
Robert Burdette, à sua futura mulher Clara

Tu és para mim o portão do paraíso. Por ti renunciarei à fama, à criatividade, a tudo. 
Frederick Chopin (1810 – 1849), para a sua amante

Para mim tu és bom, talentoso, encantador: uma paixão ardente e solene nasce no meu coração; apoia-se em ti, puxa-te para a Primavera e para o centro da vida, envolve a minha existência à tua volta – e desperta uma genuína, poderosa chama, fundindo-nos num só ser. 
Charlotte Bronte (1816-1855)

27 maio 2014

Folha Dominical 56

VI Domingo da Páscoa – Ano A

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Se Me amardes, guardareis os meus mandamentos. E Eu pedirei ao Pai, que vos dará outro Defensor, para estar sempre convosco: o Espírito da verdade, que o mundo não pode receber, porque não O vê nem O conhece, mas que vós conheceis, porque habita convosco e está em vós. Não vos deixarei órfãos: voltarei para junto de vós. Daqui a pouco o mundo já não Me verá, mas vós ver Me eis, porque Eu vivo e vós vivereis. Nesse dia reconhecereis que Eu estou no Pai e que vós estais em Mim e Eu em vós. Se alguém aceita os meus mandamentos e os cumpre, esse realmente Me ama. E quem Me ama será amado por meu Pai e Eu amá-lo-ei e manifestar-Me-ei a ele».
(Jo 14, 15 – 21)

O livro dos Atos dos Apóstolos narra que, depois de uma primeira perseguição violenta, a comunidade cristã de Jerusalém, com excepção dos apóstolos, dispersou-se nas regiões vizinhas e Filipe, um dos diáconos, chegou a uma cidade da Samaria. Ali pregou Cristo ressuscitado, o seu anúncio foi acompanhado por numerosas curas, de modo que a conclusão do episódio é muito significativa: «E houve grande alegria naquela cidade» (Act 8, 8). Esta expressão surpreende-nos sempre, porque, na sua essencialidade, nos comunica um sentido de esperança; como se dissesse: é possível! É possível que a humanidade conheça a verdadeira alegria, porque onde chega o Evangelho, a vida floresce; como um terreno árido que, irrigado pela chuva, imediatamente reverdece. Filipe e os outros discípulos, com a força do Espírito Santo, fizeram nas aldeias da Palestina o que Jesus tinha feito: pregaram a Boa Nova e realizaram obras prodigiosas. Era o Senhor que agia por meio deles. Assim como Jesus anunciava a vinda do Reino de Deus, do mesmo modo os discípulos anunciaram Jesus ressuscitado, professando que Ele é o Cristo, o Filho de Deus, baptizado no seu nome e afastando qualquer doença do corpo e do espírito.
«E houve grande alegria naquela cidade». Lendo este trecho, é espontâneo pensar na força restabelecedora do Evangelho, que ao longo dos séculos «irrigou», como um rio benéfico, tantas populações. Alguns grandes Santos e Santas levaram esperança e paz a cidades inteiras – pensemos em São Carlos Borromeu em Milão, no tempo da peste; na Beata Madre Teresa em Calcutá; e em tantos missionários, cujos nomes são conhecidos a Deus, que deram a vida para levar o anúncio de Cristo e fazer florescer entre os homens a alegria profunda. Enquanto os poderosos deste mundo procuravam conquistar novos territórios por interesses políticos e económicos, os mensageiros de Cristo iam a toda a parte com a finalidade de levar Cristo aos homens e os homens a Cristo, sabendo que só Ele pode dar a verdadeira liberdade e a vida eterna. Também hoje a vocação da Igreja é a Evangelização: quer em relação às populações que ainda não foram «irrigadas» pela água do Evangelho; quer em relação àquelas que, mesmo tendo antigas raízes cristãs, precisam de uma nova seiva para dar frutos renovados, e redescobrir a beleza e a alegria da fé. Queridos amigos, o beato João Paulo II foi um grande missionário, como documenta também uma exposição que está a decorrer actualmente em Roma. Ele relançou a missão ad gentes e, ao mesmo tempo, promoveu a nova evangelização. Confiemos ambas à intercessão de Maria Santíssima. A Mãe de Cristo acompanhe sempre e em toda a parte o anúncio do Evangelho, para que se multipliquem e se alarguem no mundo os espaços nos quais os homens reencontrem a alegria de viver como filhos de Deus.

Papa Emérito Bento XVI, Regina Caeli 29 de Maio de 2011

26 maio 2014

Adooorooo!!


Ed Sheeran - I See Fire

21 maio 2014

... enamorados! #4

A brisa sopra em direcção ao mar em Turanga. Tu estás longe, minha querida; o meu amor vai daqui até ti. O meu amor cai como a chuva no mar em Turanga eu fiquei para trás, aqui a viver com o meu amor por ti.
Canção Maori

Só o amor cura, completa e nos ultrapassa. 
Marsha Sinetar

O amor é a mais poderosa das forças da natureza: é capaz até de realçar a alegria nos momentos mais trágicos. 
Stuart e Linda Macfarlane

O amor torna afáveis todos os corações de pedra. 
George Herbert (1593-1633)

Sinto-me tonto; a expectativa faz-me andar à roda; o prazer do imaginário é tão doce que enfeitiça a minha razão. 
William Shakespeare (1564-1616)

O nosso encontro faz desta noite de Verão um mundo novo, com novas espécies e novos perigos; e renovamo-nos cada vez que nos encontramos. Devido ao seu contínuo crescimento, o amor mantém-nos estranhos. 
James Mcauley (1917-1976)

Ai de mim! O meu rosto corado revela a todos que estou apaixonada, ao ponto de fazer rir as pessoas e dizerem «onde pairam os teus pensamentos neste momento?» 
Taira No Kanemori

Só contigo o meu desejo se transforma em delírio, só contigo o meu amor mergulha no amor. 
Paul Eluard [Paul – Eugene Grindel] (1895-1952)

Não há nada no mundo que eu ame mais do que a ti; é assim tão estranho? 
William Shakespeare (1564-1616)

O amor é quando o desejo de ser desejado nos arrebata de tal maneira que sentimos que poderíamos morrer em seu nome. 
Henri de Toulouse-Lautrec (1864-1901)

19 maio 2014

... enamorados #3

Não existe nada mais sagrado, na nossa vida, do que a tomada de consciência do amor – o primeiro sacudir das asas acetinadas. 
Henry Wadsworth Longfellow (1807-1882)

… apaixonar-se… é um fogo simultâneo de dois espíritos comprometidos com o acto individual de crescer. E a sensação é a de que alguma coisa explodiu silenciosamente dentro de cada um deles. 
Lawrence Durrell (1912-1990)

Como te poderei dizer que o teu suave odor me inebria, que, mesmo que eu te possuísse um milhão de vezes, me verias ainda mais inebriado, pois haveria esperança e memória onde até ao momento só existe expectativa. 
Honoré de Balzac (1799-1850), à sua futura mulher, Eveline

Sugere-me por favor um remédio que faça parar a tremura de felicidade cada vez que recebo e leio as tuas cartas… Deste-me um presente que eu nunca poderia sonhar encontrar nesta vida. 
Franz Kafka (1883-1924)

Que longa distância terei de percorrer movido pelo palpitar do teu coração. 
Andrew Harvey “Um Círculo Completo”

Oh, o meu coração está sedento dos teus beijos… 
Nathaniel Hawthorne (1804-1864). À sua noiva Sophia Peabody

Oh, o amor lírico, metade anjo e metade pássaro, é tudo uma maravilha e um desejo selvagem! 
Robert Browning (1812-1889)

Para beijar bem alguém cada beijo deve ser único… A paixão é mais doce quando separamos cada fio de cabelo. 
Jeanette Winterson, B. 1959

Ama-me com a tua mão estendida espontaneamente, compreensiva. 
Elizabeth Barrett Browning (1806-1861)

O nosso amor é como a chuva miudinha que cai suavemente, mas que faz o rio transbordar. 
Provérbio Africano

15 maio 2014

Sanna Nielson - Undo - A justa vencedora do Festival Eurovisão 2014

Já passaram uns dias, mas eu não podia deixar de dar a minha sincera opinião, e para mim esta música foi de longe a melhor. Fiquei absolutamente estupefacta por a maior dos países votarem numa mulher barbuda que na realidade não passa de um travesti. Mas enfim, é neste mundo em que vivemos. 



08 maio 2014

Folha Dominical 55

III Domingo da Páscoa – Ano A

Dois discípulos de Emaús iam a caminho duma povoação chamada Emaús, que ficava a sessenta estádios de Jerusalém. Conversavam entre si sobre tudo o que tinha sucedido. Enquanto falavam e discutiam, Jesus aproximou-Se deles e pôs-Se com eles a caminho. Mas os seus olhos estavam impedidos de O reconhecerem. Ele perguntou-lhes. «Que palavras são essas que trocais entre vós pelo caminho?» Pararam entristecidos. E um deles, chamado Cléofas, respondeu: «Tu és o único habitante de Jerusalém a ignorar o que lá se passou estes dias». E Ele perguntou: «Que foi?» Responderam-Lhe: «O que se refere a Jesus de Nazaré, profeta poderoso em obras e palavras diante de Deus e de todo o povo; e como os príncipes dos sacerdotes e os nossos chefes O entregaram para ser condenado à morte e crucificado. Nós esperávamos que fosse Ele quem havia de libertar Israel. Mas, afinal, é já o terceiro dia depois que isto aconteceu. É verdade que algumas mulheres do nosso grupo nos sobressaltaram: foram de madrugada ao sepulcro, não encontraram o corpo de Jesus e vieram dizer que lhes tinham aparecido uns Anjos a anunciar que Ele estava vivo. Mas a Ele não O viram». Então Jesus disse-lhes: «Homens sem inteligência e lentos de espírito para acreditarem em tudo o que os profetas anunciaram! Não tinham o Messias de sofrer tudo isso para entrar na Sua glória?» Depois, começando por Moisés e passando por todos os Profetas, explicou-lhes em todas as Escrituras o que Lhe dizia respeito. Ao chegarem perto da povoação para onde iam, Jesus fez menção de ir para diante. Mas eles convenceram n’O a ficar, dizendo: «Ficai connosco, Senhor, porque o dia está a terminar e vem caindo a noite». Jesus entrou e ficou com eles. E quando Se pôs à mesa, tomou o pão, recitou a bênção, partiu-o e entregou-lho. Nesse momento abriram se lhes os olhos e reconheceram n’O. Mas Ele desapareceu da sua presença. Disseram então um para o outro: «Não ardia cá dentro o nosso coração, quando Ele nos falava pelo caminho e nos explicava as Escrituras?» Partiram imediatamente de regresso a Jerusalém e encontraram reunidos os Onze e os que estavam com ele, que diziam: «Na verdade, o Senhor ressuscitou e apareceu a Simão». E eles contaram o que tinha acontecido no caminho e como O tinham reconhecido ao partir o pão.
(Lc 24, 13-35)

O Evangelho deste domingo o terceiro de Páscoa refere-se à célebre narração dos discípulos de Emaús (cf. Lc 24, 13-35). Conta que dois seguidores de Cristo os quais, no dia depois do sábado, isto é, o terceiro após a sua morte, tristes e abatidos deixaram Jerusalém e dirigiam-se para uma aldeia pouco distante chamada Emaús. Ao longo do caminho aproximou-se deles Cristo ressuscitado, mas eles não o reconheceram. Vendo-os aflitos, Jesus explicou, com base nas Escrituras, que o Messias tinha que sofrer e morrer para alcançar a sua glória. Depois, entrou com eles em casa, sentou-se à mesa, abençoou o pão e partiu-o, e nesse momento reconheceram-n’O, mas ele desapareceu, deixando-os cheios de admiração diante daquele pão partido, novo sinal da sua presença. Imediatamente os dois voltaram para Jerusalém e contaram o que tinha acontecido aos outros discípulos. A localidade de Emaús não foi identificada com certeza. Existem várias hipóteses, e isto é sugestivo, porque nos deixa pensar que Emaús representa na realidade todos os lugares: a estrada que nos conduz é o caminho de todos os cristãos, aliás, de todos os homens. Nas nossas estradas Jesus ressuscitado faz-se companheiro de viagem, para reavivar nos nossos corações o calor da fé e da esperança e partir o pão da vida eterna. No diálogo dos discípulos com o viandante desconhecido impressiona a expressão que o evangelista Lucas coloca nos lábios de um deles: “Nós esperávamos…” (24, 21). Este verbo no passado diz tudo: Acreditámos, seguimos, esperámos… mas acabou. Também Jesus de Nazaré, que se mostrou um profeta poderoso em obras e em palavras, falhou, e nós ficamos desiludidos. Este drama dos discípulos de Emaús surge como um espelho da situação de muitos cristãos do nosso tempo: parece que a esperança da fé tenha falhado. A própria fé entra em crise, por causa de experiências negativas que nos fazem sentir abandonados pelo Senhor. Contudo, esta estrada para Emaús, na qual caminhamos, pode tornar-se uma via de purificação e maturação do nosso crer em Deus. Também hoje podemos entrar em diálogo com Jesus, escutando a sua palavra. Também hoje Ele parte o pão por nós e doa-se a si mesmo como nosso Pão. Dessa maneira, o encontro com Cristo ressuscitado, que é possível também hoje, doa-nos uma fé mais profunda e autêntica, harmonizada, por assim dizer, através do fogo do evento pascal; uma fé robusta porque se alimenta não com ideias humanas, mas com a Palavra de Deus e a sua presença real na Eucaristia. Este maravilhoso texto evangélico já contêm a estrutura  da Santa Missa: na primeira parte a escuta da Palavra através das Sagradas Escrituras; na segunda a liturgia eucarística e a comunhão com Cristo presente  no Sacramento do seu Corpo e do seu Sangue. Ao alimentar-se nesta dúplice mesa, a Igreja edifica-se incessantemente e renova-se dia após dia na fé, na esperança e na caridade. Por intercessão de Maria Santíssima, rezemos a fim de que todos os cristãos e comunidades, ao reviver a experiência dos discípulos de Emaús, redescubram a graça do encontro transformador com o Senhor ressuscitado.

Papa Emérito Bento XVI, 6 de Abril de 2008 

04 maio 2014

Feliz Dia da Mãe para a Melhor Mãe de Todo o Sempre!


Acredito que ser mãe seja complicado, ainda não tive esse privilégio e só quando isso acontecer é que saberei dar todo o devido valor que uma mãe tem. No entanto nos meus momentos mais sóbrios tento sempre dar todo o esse valor precioso, mas ser filha também é complicado, passamos por toda uma fase de dúvidas, de ignorâncias, de esperteza e momentos em que sem se dar conta faz sofrer quem mais amamos. É contra isso que todos os dias luto para me tornar melhor, ser mais razoável nas palavras, afinal para alertar ou aconselhar em alguma coisa não é necessariamente preciso ser-se agressivo. Acredito que com o passar do tempo toda esta maneira de ser melhore, talvez só mesmo quando for mãe, mas tenho essa esperança. De ser tão boa mãe como ela, estar lá quando se precisa e aconchegar quando mais em baixo se está.

02 maio 2014

BEENNFIIIICAAA


01 maio 2014

Folha Dominical 54

II Domingo da Páscoa
Festa da Divina Misericórdia

"Na tarde daquele dia, o primeiro da semana, estando fechadas as portas da casa onde os discípulos se encontravam, com medo dos judeus, veio Jesus, colocou-Se no meio deles e disse-lhes: «A paz esteja convosco». Dito isto, mostrou-lhes as mãos e o lado. Os discípulos ficaram cheios de alegria ao verem o Senhor. Jesus disse-lhes de novo: «A paz esteja convosco. Assim como o Pai Me enviou, também Eu vos envio a vós». Dito isto, soprou sobre eles e disse-lhes: «Recebei o Espírito Santo: àqueles a quem perdoardes os pecados ser-lhes-ão perdoados; e àqueles a quem os retiverdes serão retidos». Tomé, um dos Doze, chamado Dídimo, não estava com eles quando veio Jesus. Disseram-lhe os outros discípulos: «Vimos o Senhor». Mas ele respondeu-lhes: «Se não vir nas suas mãos o sinal dos cravos, se não meter o dedo no lugar dos cravos e a mão no seu lado, não acreditarei». Oito dias depois , estavam os discípulos outra vez em casa e Tomé com eles. Veio Jesus, estando as portas fechadas, apresentou-Se no meio deles e disse: «A paz esteja convosco». Depois disse a Tomé: «Põe aqui o teu dedo e vê as minhas mãos; aproxima a tua mão e mete a no meu lado; e não sejas incrédulo, mas crente». Tomé respondeu-Lhe: «Meu Senhor e meu Deus!» Disse-lhe Jesus: «Porque Me viste acreditaste: felizes os que acreditam sem terem visto». Muitos outros milagres fez Jesus na presença dos seus discípulos, que não estão escritos neste livro. Estes, porém, foram escritos para acreditardes que Jesus é o Messias, o Filho de Deus, e para que, acreditando, tenhais a vida em seu nome."
(Jo 20, 19-31)

Ressoa na Igreja espalhada por todo o mundo o anúncio do anjo às mulheres: «Não tenhais medo. Sei que buscais Jesus, o crucificado; não está aqui, pois ressuscitou (...). Vinde, vede o lugar onde jazia» (Mt 28, 5-6). Este é o ponto culminante do Evangelho, é a Boa Nova por excelência: Jesus, o crucificado, ressuscitou! Este acontecimento está na base da nossa fé e da nossa esperança: se Cristo não tivesse ressuscitado, o cristianismo perderia o seu valor; toda a missão da Igreja via esgotar-se o seu ímpeto, porque dali partiu e sempre parte de novo. A mensagem que os cristãos levam ao mundo é esta: Jesus, o Amor triunfou sobre o ódio, a misericórdia sobre o pecado, o bem sobre o mal, a verdade sobre a mentira, a vida sobre a morte. Por isso, nós dizemos a todos: «Vinde e vede». Em cada situação humana, marcada pela fragilidade, o pecado e a morte, a Boa Nova não é apenas uma palavra, mas é um testemunho de amor gratuito e fiel: é sair de si mesmo para ir ao encontro do outro, é permanecer junto de quem a vida feriu, é partilhar com quem não tem o necessário, é ficar ao lado de quem está doente, é idoso ou excluído... «Vinde e vede»: o Amor é mais forte, o Amor dá vida, o Amor faz florescer a esperança no deserto. Com esta jubilosa certeza no coração, hoje voltamo-nos para Vós, Senhor ressuscitado! Ajudai-nos a procurar-Vos para que todos possamos encontrar-Vos, saber que temos um Pai e não nos sentimos órfãos; que podemos amar-Vos e adorar-Vos.
Da mensagem uibi et orbi do Papa Francisco, 20 de Abril de 2014