14 março 2011

Conto XXV

Quaresma

Tempo de Conversão

Como viver a Quaresma?
A oração.
Anda unida e pode ser uma continuação da leitura bíblica. Hoje há também outros meios, como um livro intitulado “Rezar na Quaresma”. Rezamos pouco. Deus não é uma ideia, é Alguém, pessoal, com quem podemos comunicar… Ler e aprofundar algo sobre a fé. Estamos muito “perros” em questão religiosa. Ler um livro religioso ou assistir a conferências sobre a Bíblia, sobre a fé.

A abstinência. Há uma tradição: nas sextas-feiras da Quaresma faz-se abstinência (privar-se de comer carne). É preciso compreender o que isto significa. O importante é abster-se de alguma coisa que sabes que estás apegado a ela e não te deixa ser tu mesmo. Que importa deixar de comer carne para comer lagosta? De que serve não comer carne e ir piquenicar todos os dias? É mais fácil que mandem fazer uma abstinência do que seres tu a impores-te a abstinência. O jejum acrescenta à abstinência o “passar fome”. É uma maneira de dizer que temos um corpo a que damos por vezes mais caprichos do que ele precisa… e esquecemo-nos de alimentar a nossa dimensão espiritual. Alguns gastam fortunas com o seu corpo, não o privam de nada. Dominar o corpo é um sinal de “ser espiritual”, de não se reger “pelo que o corpo me pede”. Não se trata de privar por privar, trata-se de realizar “acções pedagógicas” para se ser “ouvintes da Palavra de Deus” e de nos deixarmos levar pelo Sopro de Deus, isto é, “de sermos espirituais”.

A esmola. Não nos privamos seja do que for para termos mais, mas para dar mais a quem precisa, para ser justos com os outros…, para partilhar, para fazer “nascer o sol sobre aqueles que não têm o necessário”.

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