O Pelicano
Quando o pelicano partiu em busca de alimento, uma serpente escondida entre a folhagem começou a arrastar-se em direcção ao ninho.
Os pequenos dormiam tranquilos. A serpente aproximou-se e, com um olhar malvado, deu inicio à tragédia. Uma mordidela venenosa a cada um, e os pobres pelicanozinhos passaram logo para o sono da morte.
Satisfeita, a serpente voltou para o seu esconderijo, a fim de gizar com a chegada do pelicano. De facto, passado algum tempo, ele chegou.
Ao ver aquela tragédia começou a chorar e o seu lamento era tão desesperado que todos os habitantes da floresta o escutavam comovidos. Todos, menos a serpente.
O pobre pai dizia:
- Que sentido tem a minha vida sem vós? Também eu quero morrer, como vós.
E com o bico começou a ferir-se no peito, junto ao coração. O sangue jorrava da ferida.
Mas a um certo momento, o pelicano, já moribundo, estremeceu de alegria. O seu sangue quente que caíra de cima dos pelicanozinhos tinha devolvido a vida aos seus filhos. O seu amor tinha-os ressuscitado.
E então muito feliz, inclinou a cabeça e expirou…

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