Na adolescência tudo parece exagerado. O nosso corpo
transforma-se. Sentimo-nos diferentes e torna-se difícil entendermos os nossos
sentimentos e as nossas reacções perante a mudança.
Como entender essas crises súbitas de depressão, de
necessidade de isolamento, logo seguidas de crises de riso incontrolável, sem
motivo aparente?
Ser adolescente significa passar de criança a jovem, ser
quase homem, ser quase mulher. Significa sentir no corpo mudanças que nem
sempre são do nosso agrado e carregar, de repente, com um monte de
responsabilidades.
Ser adolescente significa sofrer e gozar, amar e odiar,
querer tudo e tudo dispensar. Porque, com a mesma facilidade, nos apaixonamos e
odiamos, choramos e rimos, exigimos que nos dêem atenção e queremos passar
despercebidos, queremos que nos ouçam mas não que nos interroguem. Queremos
saber tudo, viver tudo. Partir à descoberta de nós e do mundo. E queremos
consegui-lo por nós próprios… mas sabendo que há alguém por perto que nos ama,
confia em nós e está pronto a estender-nos a mão quando dela precisamos.
In Agenda 2001 – Amar Amar Perdidamente; Amar, Amar
Seguramente
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