Em menos de nada despachei dois livros, um de Carlos Ruiz
Záfon – O Prisioneiro do Céu e Dei-te o melhor de mim, de Nicholas Sparks.
Foram dois grandes livros, de grandes autores e de fácil leitura. O Prisioneiro
do Céu é uma continuação da história já abordada, das mesmas personagens dos
livros anteriores lidos (A Sombra do Vento e O Jogo do Anjo). Logo no início umas das personagens disse: “Talvez,
se me pusesse de cuecas a decorar a montra conseguíssemos que uma fêmea ávida
de literatura e de emoções fortes aqui entrasse e fizesse compras, porque, de
acordo com os especialistas, o futuro da literatura depende das mulheres, e até
Deus jurara que está ainda por nascer criatura capaz de resistir aos atractivos
agrestes deste corpo serrano” em relação às poucas vendas da livraria e de
poderem chamar a atenção de novos compradores, nomeadamente feminina. Isto tudo
para mostrar que todo o livro tem uma linguagem acessível e um tanto humorada,
claro que a agressividade e drama também lá está mas este livro em relação aos
outros foi mais compatível com a realidade. Já o livro de Nicholas Sparks, é de
referir que foi o primeiro que li, nem me lembro de ver algum filme da sua autoria
mesmo sabendo que era um bom filme, por isso preferi pegar primeiro num livro
novo dele para ver se me “seduzia” ou se fazia tanto chorar como muita gente o
dizia. E digo a verdade, o livro Dei-te o Melhor de Mim é daquelas histórias de
me fazer arrepiar, parece parvoíce mas é a verdade e no final só não chorei
para não parecer mal, mas o facto é que o final foi triste e é ainda mais
triste saber que aquela história pode ser real e que pode estar a acontecer em
algum lado deste mundo. Gostava de contar resumidamente a história mas é
complicado mas posso dizer que se trata de dois adolescentes de diferentes
estratos sociais que se amaram verdadeiramente, aquele amor que dói quando se
separa mas que se teve mesmo de se separar porque ele (pobre) queria o melhor
para ela (rica) e assim deixou partir o amor que nunca mais na vida haveria de
encontrar. Ao fim de vinte e cinco anos tiveram que se voltar a encontrar
devido a uma morte comum aos dois, que fez com que revivessem tudo novamente,
mas ela já tinha uma vida de casada e com filhos e ele que sempre deu o melhor
dele, em prol dela teve uma vida para lá de dramática… e o fim dele não é
bonita, é triste mesmo, devo dizer mesmo que ele deu o melhor dele. E só de me lembrar de toda a história volto a
arrepiar-me. E se calhar é isto que lhe faz um bom autor e tão badalado, pelo
facto das histórias serem tocantes e de não terem o tal final feliz (que nós leitores perante a história estamos à espera) que na vida
real nem sempre o há. Mas gostei e quando tiver oportunidade farei questão de
voltar a ler outros livros dele e comparar com os filmes.
Carlos Ruiz Záfon e Nicholas Sparks, respectivamente (fotos da Internet)
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