II Domingo do Tempo Comum – Ano A
Naquele tempo, João Baptista viu Jesus, que vinha ao seu
encontro, e exclamou: «Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo. Era
d’Ele que eu dizia: “Depois de mim virá um homem, que passou à minha frente,
porque existia antes de mim”. Eu não O conhecia, mas para Ele Se manifestar a
Israel é que eu vim baptizar em água». João deu mais este testemunho: «Eu vi o
Espírito Santo descer do Céu como uma pomba e repousar sobre Ele. Eu não o
conhecia, mas quem me enviou a baptizar em água é que me disse: “Aquele sobre
quem vires o Espírito Santo descer e repousar é que baptiza no Espírito Santo”.
Ora eu vi e dou testemunho de que Ele é o Filho de Deus».
(Jo 1, 29-34)
Em virtude do Batismo nós tornamo-nos discípulos
missionários, chamados a levar o Evangelho ao mundo (cf. Exortação Apostólica
Evangelii gaudium, 120). «Cada um dos baptizados, independentemente da própria
função na Igreja e do grau de instrução da sua fé, é um sujeito ativo de
evangelização… A nova evangelização deve implicar um novo protagonismo» (ibid.)
da parte de todos, de todo o Povo de Deus, um novo protagonismo de cada
baptizado. O Povo de Deus é um Povo discípulo – porque recebe a fé – e
missionário – porque transmite a fé. É isto que o Batismo faz entre nós:
confere-nos a Graça, transmite-nos a Fé. Todos na Igreja somos discípulos, e
somo-lo sempre, a vida inteira; e todos nós somos missionários, cada qual no
lugar que o Senhor lhe confiou. Todos: até o mais pequenino é missionário; e
aquele que parece maior é discípulo. Mas algum de vós dirá: «Os Bispos não são
discípulos, eles sabem tudo; o Papa sabe tudo, e não é discípulo». Não, até os
Bispos e o Papa devem ser discípulos, pois se não forem discípulos e
missionários. Existe um vínculo indissolúvel entre as dimensões mística e
missionária da vocação cristã, ambas arraigadas no Batismo. «Ao receber a fé e
o baptismo, os cristãos acolhem a acção do Espírito Santo, que leva a confessar
a Jesus como Filho de Deus e a chamar Deus “Abba”, Pai. Todos os baptizados e
baptizadas… são chamados a viver e a transmitir a comunhão com a Trindade, pois
“ a evangelização é um chamado à participação da comunhão trinitária”»
(Documento final de Aparecida, n. 157)
Da audiência do Papa Francisco, 15 de Janeiro de 2014
Sem comentários:
Enviar um comentário