II Domingo do Tempo Comum
Naquele tempo, realizou-se um casamento em Caná da Galileia
e estava lá a Mãe de Jesus. Jesus e os seus discípulos foram também convidados
para o casamento. A certa altura faltou o vinho. Então a Mãe de Jesus disse-Lhe:
«Não têm vinho». Jesus respondeu-Lhe: «Mulher, que temos nós com isso? Ainda
não chegou a minha hora». Sua Mãe disse aos serventes: «Fazei tudo o que Ele
vos disser». Havia ali seis talhas de pedra, destinadas à purificação dos
judeus, levando cada uma de duas a três medidas. Disse-lhes Jesus «Enchei essas
talhas de água». Eles encheram-nas até acima. Depois disse-lhes: «Tirai agora e
levai ao chefe de mesa.» E eles levaram. Quando o chefe de mesa provou a água
transformada em vinho, - ele não sabia de onde viera, pois só os serventes, que
tinham tirado a água, sabiam – chamou o noivo e disse-lhe: «Toda a gente serve
primeiro o vinho bom e, depois de os convidados terem bebido bem, serve o
inferior. Mas tu guardaste o vinho bom até agora». Foi assim que, em Caná da
Galileia, Jesus deu início aos seus milagres. Manifestou a sua glória e os
discípulos acreditaram n’Ele.
Jo 2, 1-11
Sob alguns aspetos, o meu venerado Predecessor viu este Ano
como uma «consequência e exigência pós-conciliar», bem ciente das graves
dificuldades daquele tempo sobretudo no que se referia à profissão da
verdadeira fé e da sua reta interpretação. Pareceu-me que fazer coincidir o
início do Ano da Fé com o cinquentenário da abertura do Concílio Vaticano II
poderia ser uma ocasião propícia para compreender que os textos deixados em
herança pelos Padres Conciliares, segundo as palavras do Beato João Paulo II,
«não perdem o seu valor nem a sua beleza. É necessário fazê-los ler de forma
tal que possam ser conhecidos e assimilados como textos qualificados e
normativos do Magistério, no âmbito da Tradição da Igreja. Sinto hoje ainda
mais intensamente o dever de indicar o Concílio como a grande graça de que
beneficiou a Igreja do século XX: nele se encontra uma bússola segura para nos
orientar no caminho do século que começa». Quero aqui repetir com veemência as
palavras que disse a propósito do Concílio poucos meses depois da minha eleição
para Sucessor de Pedro: «Se o lermos e recebermos guiados por uma justa
hermenêutica, o Concílio pode ser e tornar-se cada vez mais uma grande força
para a renovação sempre necessária da Igreja».
(Bento XVI, Porta Fidei, 5)
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