III Domingo do Tempo Comum
Já que muitos empreenderam narrar os factos que se
realizaram entre nós, como no-los transmitiram os que, desde o inicio, foram
testemunhas oculares e ministros da palavra, também eu resolvi, depois de ter
investigado cuidadosamente tudo desde as origens, escrevê-las para ti, ilustre
Teófilo, para que tenhas conhecimento seguro do que te foi ensinado. Naquele
tempo, Jesus voltou da Galileia, com a força do Espírito, e a sua fama
propagou-se por toda a região. Ensinava nas sinagogas e era elogiado por todo.
Foi então a Nazaré, onde Se tinha criado. Segundo o seu costume, entrou na
sinagoga a um sábado e levantou- Se para fazer a leitura. Entregaram-Lhe o
livro do profeta Isaias e, ao abrir o livro, encontrou a passagem em que estava
escrito:
“O Espírito do Senhor está sobre mim,
porque ele me ungiu
para anunciar a boa nova aos pobres.
Ele me enviou a proclamar a redenção aos cativos
E a viste aos cegos,
A restituir a liberdade aos oprimidos
E a proclamar o ano da graça do Senhor”
Depois enrolou o livro, entregou-se ao ajudante e sentou-Se.
Estavam fixos em Jesus os olhos de toda a sinagoga. Começou então a dizer-lhes:
“Cumpriu-se hoje mesmo esta passagem da Escritura que acabais de ouvir.”
Lc 1, 1-4; 4, 14-21
Nesta perspectiva, o Ano da Fé é convite para uma autêntica
e renovada conversão ao Senhor, único Salvador do mundo. No mistério da sua
morte e ressurreição, Deus revelou plenamente o Amor que salva e chama os
homens à conversão de vida por meio da remissão dos pecados (cf. Act 5, 31).
Para o apóstolo Paulo, este amor introduz o homem numa vida nova: «Pelo
Baptismo fomos sepultados com Ele na morte, para que, tal como Cristo foi
ressuscitado de entre os mortos pela glória do Pai, também caminhemos numa vida
nova» (Rm 6, 4). Em virtude da fé, esta vida nova plasma toda a existência
humana segundo a novidade radical da ressurreição. Na medida da sua livre
disponibilidade, os pensamentos e os afectos, a mentalidade e o comportamento
do homem vão sendo pouco a pouco purificados e transformados, ao longo de um
itinerário jamais completamente terminado nesta vida. A «fé, que actua pelo
amor» (Gl 5, 6), torna-se um novo critério de entendimento e de ação, que muda
toda a vida do homem (cf. Rm 12, 2; Cl 3, 9-10; Ef 4, 20-29; 2 Cor 5, 17).
(Bento XVI, Porta Fidei, 6)
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