29 março 2014

Caminhos de Sabedoria *13

Vivemos Uns Para Os Outros

Um coração cheio de amor é a mais verdadeira sabedoria. 
Charles Dickens (1812-1870)

Tempo e amor, essas são as maiores dádivas. 
Tony Hawks, em A Song for Sudan

Sem a comunidade humana nenhum ser humano sobrevive. 
Dalai Lama, N.1935

O amor por si só é capaz de unir os seres humanos de tal forma que os completa e realiza, pois ele sozinho reúne-os e junta-os pelo que de mais profundo há neles. 
Pierre Teilhard de Chardin (1881-1955)

A vida deve ser fortificada por muitas amizades. Amar e ser amado é a maior felicidade da nossa existência. 
Sydney Smith (1771-1845)

Preserva o amor que recebes acima de tudo. Ele irá sobreviver muito depois da tua riqueza e saúde terem desaparecido. 
Og Mandino

Do sucesso retiras muitas coisas, mas não aquela coisa espantosa interior que só o amor traz. 
Samuel Goldwyn

Sou por aquelas pequenas e invisíveis forças do amor que trabalham de indivíduo para indivíduo, que rastejam pelas fendas do mundo tal como tantas raízes, as quais, se lhes for dado tempo, derrubarão os mais firmes monumentos do orgulho. 
William James (1842-1910)

Onde há muito amor há sempre milagres. 
Willa Cather (1876-1947)

A cura para todas as doenças e males, para todas as preocupações, tristezas e crimes da humanidade assenta numa única palavra: «amor». 
Lydia M. Child (1802-1880)


Um momento de amor pode e faz o mundo perfeito. 
Sri Chinmoy, B. 1931, em The Wings of Joy

28 março 2014

Povo é quem mais ordena, mas nem sempre tem razão...

Tenho vindo há uns tempos a ler e ouvir várias opiniões sobre o governo ir fazer um sorteio semanal para oferecer um carro topo de gama que se soube recentemente que se trata de um Audi. E a maioria reclama, está claro, acha mal, porque há pessoas a passar fome e depois vão comer o Audi com batatas, e mais um par de botas... Enfim, e isto dá.me graça, é óbvio que não é totalmente correcto um governo em austeridade andar a oferecer carros, mas também ninguém sabe que acordos fez com esta marca ou até quanto o governo vai acabar por ganhar se todas as pessoas passarem a querer factura... pois é do conhecimento de muita gente que existem estabelecimentos que não estão legais e se isto não for controlado de alguma maneira então nunca mais. Mas pronto, o povo português tem este hábito de reclamar por tudo e por nada, eu gostava de ver se em vez de darem os carros dessem dinheiro a instituições ou a pobrezinhos, íamos ver que os mesmos viriam dizer que andam a tirar a uns para dar aos outros e que não são nada pobres, não trabalham porque não querem, têm muitos filhos porque querem porque o que não falta são soluções para abortar e mais uma data de coisas que isto toda a gente tem um pouquinho para dizer. No entanto, voltando ao facto de o governo oferecer os carros, que eu saiba apenas engloba pessoas que peçam facturas, pessoas que compram produtos ou serviços que PRECISAM e que não são de borla, logo se tiverem a sorte de lhes sair um carrinho e que assim até possam ganhar algum dinheirinho se o venderem não vejo onde está o mal... Para mim, pior é as pessoas que têm dificuldades gastarem um dinheirão a fazer chamadas para os vários canais de televisão pública para conseguirem ganhar pelo menos 1000€ ou até mesmo um carro (que só por acaso também são de topo de gama), ou casas nos Algarves ou até mesmo numa zona chique de Lisboa! E aqui, nada importa que sejam pobrezinhos? E que gastem dinheiro? E que na maioria das vezes não saía nada? Como se pode imaginar, isto é só um exemplo e que responde a quem só critica... É óbvio que ninguém chega a lado nenhum, ninguém consegue chegar a toda a gente e quem acredita nisso está puramente enganado, não tem noção dos números. No meio disto tudo o governo apenas quer que as pessoas peçam sempre facturas, e com isso dar uma recompensa às pessoas. Ponto final.

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Mas ainda em relação ao povo português reclamar de tudo e de todos outro exemplo bem claro e esclarecedor foi a polémica em redor da canção escolhida para ir ao Eurovisão. Mas se formos a ver a maioria das pessoas nem sequer viu/vê/ou mesmo vai ver o Eurovisão... logo se tivessem visto tinham tido oportunidade de votar na canção que achassem que seria melhor, e se não houvesse nenhuma interessante e achassem que escrevem melhor, cantam, dançam então tivessem concorrido! Mas não, não viram o Festival da Canção, nem muito provavelmente estão interessados em ver o Eurovisão, apenas criticam a música porque sim! E agora invento eu: porque o que é porque sim tem muita força.


Caminhos de Sabedoria *12

Esperança

Toda a sabedoria humana se reduz a duas palavras – espera e esperança. 
Alexandre Dumas (1824-1895)

Caminha no trilho do arco-íris, no trilho de uma canção e tudo em ti será belo. Há uma saída de todas as névoas para o trilho do arco-íris. 
Canção Navajo

Podemos renascer em cada segundo. Cada segundo pode ser um novo começo. É uma escolha. É a tua escolha. 
Clearwater

Mantém uma árvore no teu coração e talvez apareça um pássaro. 
Provérbio Chinês

A esperança é uma coisa com penas que se aninha na alma e canta sem palavras e nunca chega a parar. 
Emily Dickinson (1830-1886)

A felicidade antiga está seca e morta. Mas, vê, um manto verde cobre a terra… o frágil começo de uma vida nova e melhor. 
Pam Brown, N. 1928

Estamos todos na miséria, mas alguns de nós estão a olhar para as estrelas. 
Oscar Wilde (1854 – 1900), em Lady Windermere’s Fan

Eu não penso na miséria, mas na beleza que ainda permanece. 
Anne Frank (1929 – 1945)

O amanhã é a coisa mais importante na vida… chega-nos à meia-noite muito limpo. Está perfeito quando chega e coloca-se nas nossas mãos. Espera que tenhamos aprendido alguma coisa com o ontem. 
John Wayne (1907 – 1979)

25 março 2014

Folha Dominical 52

III Domingo da Quaresma
Tema: Eis o servo fiel e prudente «Homem Justo»

Naquele tempo, chegou Jesus a uma cidade da Samaria, chamada Sicar, junto da propriedade que Jacob tinha dado a seu filho José, onde estava a fonte de Jacob. Jesus, cansado da caminhada, sentou Se à beira do poço. Era por volta do meio dia. Veio uma mulher da Samaria para tirar água. Disse lhe Jesus: «Dá Me de beber». Os discípulos tinham ido à cidade comprar alimentos. Respondeu Lhe a samaritana: «Como é que Tu, sendo judeu, me pedes de beber, sendo eu samaritana?» De facto, os judeus não se dão com os samaritanos. Disse lhe Jesus: «Se conhecesses o dom de Deus e quem é Aquele que te diz: 'Dá Me de beber', tu é que Lhe pedirias e Ele te daria água viva». [...] Disse lhe Jesus: «Mulher, podes acreditar em Mim: Vai chegar a hora em que nem neste monte nem em Jerusalém adorareis o Pai. Vós adorais o que não conheceis; nós adoramos o que conhecemos, porque a salvação vem dos judeus. Mas vai chegar a hora - e já chegou - em que os verdadeiros adoradores hão de adorar o Pai em espírito a verdade, pois são esses os adoradores que o Pai deseja. Deus é espírito e os seus adoradores devem adorál'O em espírito e verdade». Disse Lhe a mulher: «Eu sei que há de vir o Messias, isto é, Aquele que chamam Cristo. Quando vier há de anunciar nos todas as coisas». Respondeu lhe Jesus: «Sou Eu, que estou a falar contigo». [...] Muitos samaritanos daquela cidade acreditaram em Jesus, por causa da palavra da mulher. Quando os samaritanos vieram ao encontro de Jesus, pediram Lhe que ficasse com eles. E ficou lá dois dias. Ao ouvi l'O, muitos acreditaram e diziam à mulher: «Já não é por causa das tuas palavras que acreditamos. Nós próprios ouvimos e sabemos que Ele é realmente o Salvador do mundo».
(Jo 4, 5 - 42)

Este 3º Domingo de Quaresma é caracterizado pelo célebre diálogo de Jesus com a mulher samaritana, narrado pelo evangelista João. A mulher ia todos os dias tirar água de um antigo poço, que remontava ao patriarca Jacob, e naquele dia encontrou ali Jesus, sentado, «cansado da viagem» (Jo 4, 6). Santo Agostinho comenta: «Não é sem motivo que Jesus se cansa... A força de Cristo criou-te, a debilidade de Cristo voltou a criar-te... Com a sua força criou-nos, com a sua debilidade veio à nossa procura» (In Ioh. Ev., 15, 2). A fadiga de Jesus, sinal da sua verdadeira humanidade, pode ser vista como um prelúdio da paixão, com a qual Ele completou a obra da nossa redenção. Sobretudo, no encontro com a Samaritana no poço, sobressai o tema da «sede» de Cristo, que culmina com o seu brado na cruz: «Tenho sede» (Jo 19, 28). Esta sede, como o cansaço, tem uma base física. Mas Jesus, como diz ainda Agostinho, «tinha sede da fé daquela mulher» (In Ioh. Ev. 15, 11), assim como da fé de todos nós. Deus Pai enviou-o para saciar a nossa sede de vida eterna, concedendo-nos o seu amor, mas para nos oferecer esta dádiva, Jesus pede-nos a nossa fé. A omnipotência do Amor respeita sempre a liberdade do homem; bate à porta do seu coração e aguarda com paciência a sua resposta. No entanto com a Samaritana ressalta-se em primeiro plano o símbolo da água, que alude claramente ao sacramento do Batismo, nascente de vida nova para a fé na Graça de Deus. Com efeito, este Evangelho - como recordei na Catequese de Quarta-Feira de Cinzas - faz parte do antigo itinerário de preparação dos catecúmenos para a iniciação cristã, que ocorria na grande Vigília da noite de Páscoa. «Aquele que beber da água que eu lhe der - diz Jesus - jamais terá sede. Mas a água que eu lhe der tornar-se-á nele a fonte de água, que há-de jorrar para a vida eterna» (Jo 4, 14). Esta água representa o Espírito Santo, o «dom» por excelência que Jesus veio trazer da parte de Deus Pai. Quem renasce da água e do Espírito Santo, ou seja, no Batismo, entra numa relação real com Deus, numa relação filial, e pode adorá-lo «em espírito e verdade» (Jo 4, 23-24), como revela de novo Jesus à mulher samaritana. Graças ao encontro com Jesus Cristo e ao dom de Espírito Santo, a fé do homem alcança o seu cumprimento, como resposta à plenitude da revelação de Deus. Cada um de nós pode identificar-se com a mulher samaritana: Jesus espera-nos, especialmente neste tempo de Quaresma, para falar ao nosso, ao meu coração. Permaneçamos um momento em silêncio, no nosso quarto, ou numa igreja, ou num lugar afastado. Ouçamos a sua voz que nos diz: «Se conhecesses o dom de Deus...». A Virgem Maria nos ajude a não faltar a este encontro, do qual depende a nossa verdadeira felicidade. (Bento XVI, 27 de Março de 2011) 

21 março 2014

B4 - É melhor não duvidar

20 março 2014

Leituras romântico-dramáticas...

Hoje terminei mais um livro de Nicholas Sparks, Corações em Silêncio, é um Romance Dramático, mas lá está, com um final feliz. Gostei, houve umas partes que fiquei algum tempo até voltar a pegar para ler, mas assim que cheguei à recta final, foi sempre a marchar até à última folha. Em resumo trata-se de duas pessoas que graças ao destino e infelizmente devido a um acidente cruzam-se na vida um do outro, relacionam-se, no entanto devido ao passado de Taylor ele não dá hipótese a si mesmo e em menos de nada a relação termina, ele perde pessoas que ama e por fim é confrontado com a dura realidade e redime-se à felicidade. Deixo aqui o resumo do livro:
“Confrontado com situações de extremo perigo, Taylor McAden, bombeiro voluntário, expõe-se até ao limite do risco. Denise é uma jovem mãe solteira, cujo filho de cinco anos sofre de um inexplicável atraso de desenvolvimento e a quem ela devota a sua vida numa tentativa de o ajudar. Mas o acaso vai aproximar estes seres. Numa noite de tremendo temporal, Denise tem um acidente de automóvel e é Taylor que vem socorrê-la. Embora muito ferida, a jovem depressa toma consciência de que o filho já não se encontra na sua cadeirinha, no banco de trás. Taylor irá até ao fim de uma angustiante noite de buscas para o encontrar. Foram tecidas as primeiras malhas que os vão ligar – o pequeno Kyle desabrocha ao calor da ternura daquele homem. Denise abandona-se à alegria de um amor nascente. Mas Taylor traz consigo cicatrizes antigas, que não o deixam manter compromissos de longa duração.”




18 março 2014

Folha Dominical 51

II Domingo da Quaresma
Tema: Levanta-te toma o Menino e Sua Mãe «Pai»

Naquele tempo, Jesus tomou consigo Pedro, Tiago e João seu irmão e levou-os, em particular, a um alto monte e transfigurou-Se diante deles: o seu rosto ficou resplandecente como o sol e as suas vestes tornaram-se brancas como a luz. E apareceram Moisés e Elias a falar com Ele. Pedro disse a Jesus: «Senhor, como é bom estarmos aqui! Se quiseres, farei aqui três tendas: uma para Ti, outra para Moisés a outra para Elias». Ainda ele falava, quando uma nuvem luminosa os cobriu com a sua sombra e da nuvem uma voz dizia: «Este é o meu Filho muito amado, no qual pus toda a minha complacência. Escutai-O». Ao ouvirem estas palavras, os discípulos caíram de rosto por terra a assustaram se muito. Então Jesus aproximou-se e, tocando os, disse: «Levantai vos e não temais». Erguendo os olhos, eles não viram mais ninguém, senão Jesus. Ao descerem do monte, Jesus deu-lhes esta ordem: «Não conteis a ninguém esta visão, até o Filho do homem ressuscitar dos mortos».
(Mt 17, 1-9)

O Evangelho diz que, ao lado de Jesus transfigurado, «apareceram Moisés e Elias a conversar com Ele» (Mt 17, 3); Moisés e Elias, figuras da Lei e dos Profetas. Foi então que Pedro, extasiado, exclamou: «Senhor, é bom estarmos aqui. Se quiseres, farei aqui três tendas: uma para Ti, uma para Moisés e outra para Elias» (Mt 17, 4). Mas santo Agostinho comenta, dizendo que nós dispomos de uma única morada: Cristo; Ele «é a Palavra de Deus, Palavra de Deus na Lei, Palavra de Deus nos Profetas» (Sermo de Verbis Ev. 78, 3: PL 38, 491). Com efeito, o próprio Pai proclama: «Eis o meu Filho muito amado, em quem pus todo o meu enlevo; estutai-O!» (Mt 17, 5). A Transfiguração não é uma transformação de Jesus, mas sim a revelação da sua divindade, «a íntima compenetração do seu ser com Deus, que se torna pura luz. No seu ser um só Pai, o próprio Jesus é Luz da Luz» (Jesus de Nazaré, 2007, pág. 357). Contemplando a divindade do Senhor, Pedro, Tiago e João são preparados para enfrentar o escândalo da cruz, como se entoa num antigo hino: «Sobre o mundo, Te transfiguraste, e os Teus discípulos, na medida que lhes era possível, contemplaram a Tua glória a fim de que, vendo-Te crucificado, compreendessem que a Tua paixão era voluntária e anunciassem ao mundo que Tu és verdadeiramente o esplendor do Pai». Caros amigos, também nós participamos desta visão e desta dádiva sobrenatural, reservando espaço à oração e à escuta da Palavra de Deus. Além disso, especialmente neste período da Quaresma exorto, como escreve o Servo de Deus Paulo VI, «a responder ao preceito divino da penitência, com algumas obras voluntárias, para além das renúncias impostas pelo peso da vida quotidiana» (Const. Apost. Poenitemini, 17 de Fevereiro de 1966, III, c: AAS 58 [1966], 182). Invoquemos a Virgem Maria, a fim de que nos ajude a ouvir e seguir sempre o Senhor Jesus, até à paixão e à Cruz, para participar também da sua glória.

Bento XVI, ângelus de 20 de Março de 2011

15 março 2014

Só um desabafozinho muito pequenino....

A Internet Kanguru, vou vos dizer uma coisa, está um nooojoooo!!! Estou a um passinho de mandar uma cartinha para desactivar!

Folha Dominical 50

I Domingo da Quaresma – Tema “E recebeu Maria sua esposa” «Esposo»

Naquele tempo, disse Jesus foi conduzido pelo Espírito ao deserto, a fim de ser tentado pelo Demónio. Jejuou quarenta dias e quarenta noites e, por fim, teve fome. O tentador aproximou-se e disse-lhe: «Se és Filho de Deus, diz a estas pedras que se transformem em pães». Jesus respondeu-lhe: «Está escrito: ‘Nem só de pão vive o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus’». Então o Demónio conduziu O à cidade santa, levou O ao pináculo do templo e disse-Lhe: «Se és Filho de Deus, lança Te daqui abaixo, pois está escrito: ‘Deus mandará aos seus Anjos que te recebam nas suas mãos, para que não tropeces em alguma pedra’». Respondeu-lhe Jesus: «Também está escrito: ‘Não tentarás o Senhor teu Deus’». De novo o Demónio O levou consigo a um monte muito alto, mostrou-Lhe todos os reinos do mundo e a sua glória, e disse-Lhe: «Tudo isto Te darei, se, prostrado, me adorares». Respondeu-lhe Jesus: «Vai-te, Satanás, porque está escrito: ‘Adorarás o Senhor teu Deus e só a Ele prestarás culto’». Então o Demónio deixou-O e logo os Anjos se aproximaram e serviram Jesus.
(Mt 4, 1-11)
Este é o primeiro Domingo da Quaresma, o Tempo litúrgico de quarenta dias que constitui na Igreja um itinerário espiritual de preparação para a Páscoa. Em síntese, trata-se de seguir Jesus que se dirige decididamente rumo à Cruz, auge da sua missão de salvação. Se nos interrogamos: qual o motivo da Quaresma? E da Cruz? A resposta em termos radicais é a seguinte: porque existe o mal, aliás o pecado, que segundo as Escrituras é a causa profunda de todo o mal. Mas esta afirmação não é de modo algum evidente, e muitos não aceitam a própria palavra «pecado», porque ela pressupõe uma visão religiosa do mundo e do homem. Com efeito, é verdade: se se elimina Deus do horizonte do mundo, não se pode falar de pecado. Como quando o sol se esconde, desaparecem as sombras; a sombra só aparece quando há o sol; assim, o eclipse de Deus comporta necessariamente o eclipse do pecado. Por isso, o sentido do pecado – que é diverso do «sentido de culpa», como o entende a psicologia – adquire-se, redescobrindo o sentido de Deus. Manifesta-o o Salmo Miserere, atribuído ao rei David, dirigindo-se a Deus (Sl 51 [50], 6). Perante o mal moral, a atitude de Deus consiste em opor-se ao pecado e salvar o pecador. Deus não tolera o mal, porque é Amor, Justiça e Fidelidade; e precisamente por isso não deseja a morte do pecador, mas que ele se converta e viva. Deus intervém para salvar a humanidade: vemo-lo em toda a história do povo judeu, a partir da libertação do Egipto. Deus está determinado a libertar os seus filhos da escravidão, para os conduzir à liberdade. E a escravidão mais grave e mais profunda é precisamente a do pecado. Foi por isso que Deus enviou o seu Filho ao mundo: para libertar os homens do domínio de Satanás, «origem e causa de todo o pecado». Enviou-o à nossa carne mortal, para que se tornasse vítima de expiação, morrendo por nós na cruz. Contra este plano de salvação definitivo e universal, o Diabo opôs-se com todas as forças, como demonstra de modo particular o Evangelho das tentações de Jesus no deserto, que é proclamado todos os anos no primeiro Domingo da Quaresma. Com efeito, entrar neste tempo litúrgico significa aliar-se sempre com Cristo, contra o pecado, enfrentar – quer como individuo, quer como Igreja – o combate espiritual contra o espírito do mal (Quarta-Feira de Cinzas, Oração da Coleta).

Bento XVI, ângelus de 13 de Março de 2014

07 março 2014

Anselmo Ralph - Tem Cuidado

 

Esta música até foi o meu piqueno que me mostrou, diz que passa na rádio, mas eu nunca ouvi, é um facto... No entanto, fiquei com ela no ouvido, e já agora espero que ele também tenha ficado com ela no ouvido que é para não se esquecer da dica =p Por isso deixo aqui a música para quem a quiser ouvir.

06 março 2014

Caminhos de Sabedoria *11

A Dádiva da Coragem

A coragem é, a par do amor, o maior presente. Cada um de nós é derrotado muitas vezes – mas se aceitarmos as derrotas com alegria, aprendemos com elas e tentarmos outro caminho – então vamos encontrar a plenitude. 
Rosanne Ambrose-Brown, N.1943

A vida é na maior parte das vezes feita de espuma e bolhas. Duas coisas permanecem como rochas: a bondade nos problemas dos outros e a coragem nos nossos. 
Adam Lindsay Gordon (1833 – 1870)

A coragem da vida é muitas vezes um espectáculo menos dramático do que a coragem de um momento final; mas não é menos do que uma bonita mistura de triunfo e tragédia. 
Senador John F. Kennedy (1917 – 1963)

O mundo pode não conhecer a coragem de pequenas pessoas – mas desmoronar-se-ia sem a sua coragem e resistência. 
Pam Brown, N. 1928

Nunca carregues com mais do que um tipo de problema ao mesmo tempo. Algumas pessoas carregam três – os que tiveram, os que têm e os que hão-de vir a ter. 
Edward E. Hale (1822 – 1909)

Espera os problemas como uma parte inevitável da tua vida e quando eles vierem, ergue a cabeça, olha-os bem nos olhos e diz «vou ser maior do que vocês. Não podem derrotar-me». Depois repete para ti mesmo as mais reconfortantes de todas as palavras, «também isto passará». 
Ann Landers (1918 – 2002)

O que está no topo da coragem é a liberdade, penso eu. A liberdade que vem com o conhecimento de que nenhum poder terrestre pode quebrar-te; que um espírito inquebrável é a única coisa sem a qual não podes viver; que no final das contas é a coragem da convicção que move as coisas… 
Paula Giddings

Pertences a uma espécie criada para sofrer. O sofrimento dos outros não torna o teu menos real – mas lembra-te como esses outros se agarraram à vida e, no final, ganharam. Tu consegues. 
Pam Brown, N. 1928

Todos os problemas têm um presente para ti nas mãos. 
Richard Bach

Não é para os momentos que estiveres fraco que precisas de coragem, mas para a longa escalada da montanha de volta para a serenidade, fé e segurança. 
Anne Morrow Lindbergh (1906 – 2001)


Apenas um princípio irá dar-te coragem: o de que nenhum mal dura para sempre nem, na verdade, muito tempo. 
Epicuro (341 – 271 A.C.)

03 março 2014

Caminhos de Sabedoria *10

Uma Vida Rica, Rica

Não tenhas medo que a tua vida acabe; tem medo que ela nunca comece. 
Grace Hansen

Preencher o tempo – isso é felicidade; preencher o tempo e não deixar espaço para um arrependimento ou uma aprovação. 
Ralph Waldo Emerson (1803-1882)

Amar o que fazes e sentir que isso importa – o que poderia ser mais divertido? 
Katharine Graham

Que os pássaros da preocupação voem sobre a tua cabeça, isto não consegues mudar. Mas que eles construam ninhos no teu cabelo, isto podes prevenir. 
Provérbio Chinês

A vida é como um tigre selvagem. Tanto podes deitar-te e deixar que te ponha a pata na cabeça – ou sentar-te nas suas costas e calvalgá-lo. 
Provérbio Indiano

Temos de estar tão dispostos a livrar-nos da vida que planeámos, como a viver a vida que está à nossa espera. 
Joseph Campbell

Mas a vida quente, entusiasta – aprender, desejar, conhecer, sentir, pensar, agir. É isso que quero. E nada mais. É por isso que tenho de tentar. 
Katherine Mansfield (1888-1923) do seu diário

Interessa-te pela vida como a vês – nas pessoas, nas coisas, na literatura, na música – o mundo é tão rico, pulsa com tesouros, almas bonitas e pessoas interessantes. Esquece-te de ti. 
Henry Miller (1891 – 1980)

Não chegues ao fim da tua vida apenas para descobrir que não a viveste. Pois muitos chegam a uma altura da vida em que quando, olhando para trás, vêem a alegria e beleza que nunca foram deles por causa dos medos que viveram. 
Clearwater

O momento certo é qualquer um que ainda temos sorte de ter… vive! 
Henry James (1843 – 1916)

Finalmente percebi que a única razão para se estar vivo é poder apreciá-lo. 
Rita Mae Brown, N. 1944

O que não volta mais é o que torna a vida tão doce. 
Emily Dickinson (1830 – 1886)

02 março 2014

Folha Dominical 49

VIII Domingo do Tempo Comum - Ano A

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Ninguém pode servir a dois senhores, porque ou há-de odiar um e amar o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro. Vós não podeis servir a Deus e ao dinheiro. Por isso vos digo: «Não vos preocupeis, quanto à vossa vida, com o que haveis de comer ou de beber, nem, quanto ao vosso corpo, com o que haveis de vestir. Não é a vida mais do que o alimento e o corpo mais do que o vestuário? Olhai para as aves do céu: não semeiam nem ceifam nem recolhem em celeiros; o vosso Pai celeste as sustenta. Não valeis vós muito mais do que elas? Quem de entre vós, por mais que se preocupe, pode acrescentar um só côvado à sua estatura? E porque vos inquietais com o vestuário? Olhai como crescem os lírios do campo: não trabalham nem fiam; mas Eu vos digo: nem Salomão, em toda a sua glória, se vestiu como um deles. Se Deus assim veste a erva do campo, que hoje existe e amanhã é lançada ao forno, não fará muito mais por vós, homens de pouca fé? Não vos inquieteis, dizendo: 'Que havemos de comer? Que havemos de beber? Que havemos de vestir?' Os pagãos é que se preocupam com todas estas coisas. Bem sabe o vosso Pai celeste que precisais de tudo isso. Procurai primeiro o reino de Deus e a sua justiça, e tudo o mais vos será dado por acréscimo. Portanto, não vos inquieteis com o dia de amanhã, porque o dia de amanhã tratará das suas inquietações. A cada dia basta o seu cuidado».
(Mt 6, 24-34)