Passado quase um ano, lá comecei e terminei o livro de José Saramago - Clarabóia. Este parece que levou a acabar mais um bocadinho que o
habitual, porque algumas partes da história era mais “boring” que fez com que
eu levasse mais tempo a pegar-lhe ou pegasse menos tempo. Mas no fundo até é
uma história com contornos curiosos do quotidiano de antigamente com algumas da
actualidade. Trata-se assim de uma história de um prédio de seis inquilinos que
são envolvidos num enredo. Começamos pelo rés-do-chão onde numa casa se tem uma
espanhola infeliz no seu casamento, e na casa ao lado um sapateiro que com a
sua esposa procuram um inquilino para um dos seus quartos – mas que se torna
num inquilino com um modo de vida estranho demonstrando que não quer criar
“tentáculos” com nada e com ninguém. No andar de cima temos uma ex-prostituta
que encontrou o seu ninho de ouro num único visitante nocturno mas que ao longo
da história a vai deixar em prol de uma rapariga mais novo e curiosamente
também sua vizinha, a mesma a quem conseguiu um emprego para esse mesmíssimo
senhor. Ao lado temos um casal levado pela idade e do desgaste dos anos
passados juntos e da perda de sua filha aos 8 anos com meningite. E por fim, no
último andar mesmo por cima deste casal temos uma tia, mais a sua irmã e suas
sobrinhas que são muito ligadas entre si e que tem uma forte paixão pela música
clássica e à literatura. E pronto, o livro acaba por tentar transmitir uma
mensagem final de que os homens se devem amar uns aos outros, um amor lúcido e
activo.
E agora, apesar de ter uma pilha de livros por ler, vou.me dedicar durante algum tempo aos romances fofinhos de bolso. Aqueles pequeninos que se lêem em dois tempos e que se vendem nas papelarias, nomeadamente os da Sabrina.
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