05 dezembro 2012

Conto CXIII


A carga é leve

Dois burros estavam cansados, porque o dono os tinha carregado com pesados sacos. Era muito penoso para eles carregarem tão grande carga.
Passou alguém e contou-lhes que tinha acabado de nascer o Salvador do mundo. Disse um para o outro:
- E se fossemos visitar?
O outro concordou e puseram-se a caminho em direcção ao presépio. Entraram e ficaram a contemplar por alguns instantes o Menino Jesus.
À saída, um deles disse:
- Rezei ao Menino para que me libertasse da carga e nada fez.
O outro disse:
- Eu pedi-lhe para me dar força para a carregar.
O primeiro burro saiu desiludido do presépio, pois continuava a gemer com a pesada carga às costas. O segundo saiu confiante que o Menino ouviria a sua oração e lhe daria a fortaleza de que necessitava para carregar o pesado fardo. Duas atitudes diferentes.
Jesus Cristo carregou pesadas cruzes ao longo da vida. Ele próprio, apesar de passar pela vida a fazer bem, carregou o peso da rejeição, da condenação à morte. Mas confiou no Pai, que lhe daria a força para chegar ao fim. No final, Deus ressuscitou-o dos mortos.
Um bom motivo para ser cristão é que, tendo nós de carregar cruzes mais ou menos pesadas, podemos confiar em Cristo, que nos dá o seu Espírito de fortaleza. Ele não nos explica o mistério do sofrimento. Mas assegura-nos que com Ele podemos chegar à Vida. Os cristãos manifestam esta sua esperança em Cristo ressuscitado, ajudando os seus irmãos a carregarem as suas cruzes. Cada um deles será como o Cireneu, que carregou a cruz de Jesus, ajudando-o a chegar ao Calvário. Esta atitude torna a sua esperança credível.

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