Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
Naqueles dias, Maria pôs-se a caminho e dirigiu-se
apressadamente para a montanha, em direcção a uma cidade de Judá. Entrou em
casa de Zacarias e saudou Isabel. Quando Isabel ouviu a saudação de Maria, o
menino exultou-lhe no seio. Isabel ficou cheia do Espírito Santo e exclamou em
alta voz: «Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre.
Donde me é dado que venha ter comigo a Mãe do meu Senhor? Na verdade, logo que
chegou aos meus ouvidos a voz da tua saudação o menino exultou de alegria no
meu seio. Bem-aventurada aquela que acreditou no cumprimento de tudo quanto lhe
foi dito da parte do Senhor».
Lc 1 39-47
Desde o principio do meu ministério como Sucessor de Pedro,
lembrei a necessidade de redescobrir o caminho da fé para fazer brilhar, com
evidência sempre maior, a alegria e o renovado entusiasmo do encontro com
Cristo. Durante a homilia da Santa Missa no início do pontificado, disse: «A
Igreja no seu conjunto, e os Pastores nela, como Cristo devem pôr-se a caminho
para conduzir os homens fora do deserto, para lugares da vida, da amizade com o
Filho de Deus, para Aquele que dá a vida, a vida em plenitude». Sucede não
poucas vezes que os cristãos sintam maior preocupação com as consequências
sociais, culturais e políticas da fé do que com a própria fé, considerando esta
como um pressuposto óbvio da sua vida diária. Ora um tal pressuposto não só
deixou de existir, mas frequentemente acaba até negado. Enquanto, no passado,
era possível reconhecer um tecido cultural unitário, amplamente compartilhado
no seu apelo aos conteúdos da fé e aos valores por ela inspirados, hoje parece
que já não é assim em grandes sectores da sociedade devido a uma profunda crise
de fé que atingiu muitas pessoas.
(Bento XVI, Porta da fé, nº2)
Mensagem de Natal de D. Gilberto Reis, Bispo de Setúbal
Natal de Jesus Cristo
Jesus no presépio é o Salvador, prometido por Deus. Celebrar
o Natal é acolhê-Lo de coração escancarado e é oferecê-Lo com gestos de
esperança aos que vivem sem esperança. Jesus no presépio é Deus feito homem, a
ligar Céu, Terra e toda a criação, libertando o homem da solidão do pecado.
Celebrar o Natal é acolhê-Lo na oração e é tornar-se instrumento de comunhão na
Igreja, na família e no mundo. Jesus no presépio é Deus connosco: verdadeiro
Deus e verdadeiro homem. Celebrar o Natal é reconhecê-Lo, na fé, como Deus
feito homem, sem deixar de ser Deus, e é anunciá-Lo como tesouro único, com
novo ardor e com novos métodos. Neste Natal, antes da Ceia da fé, da esperança,
do amor e da Festa, vamos recitar o credo da fé da Igreja e convidar Cristo,
presente em alguém em solidão, para a nossa mesa e/ou privar-nos de alguma
coisa para partilhar com uma instituição particular de solidariedade social?
SANTO NATAL 2012
+ Gilberto,
Bispo de Setúbal
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