Nem sempre é fácil traduzir por palavras o que se vive, se
sente e se testemunha. São as circunstâncias que nos levam muitas vezes a
concluir como é verdadeira esta realidade.
A doença de nossa Mãe e Irmã permitiu que nos aproximássemos
de um modo diferente da Obra de Santa Zita, que conhecíamos vagamente, através
de algumas actividades que realiza.
Esta aproximação fez-nos perceber o significado da pertença
à “comunidade dos homens”, onde não há fronteiras, pequenos e grandes, fortes e
fracos, porque o que se move é o Amor de Deus concretizado no amor a cada
homem.
Descobrimos nesta Obra este amor sem discriminação, um
dar-se que leva a ultrapassar-se a si mesmo e a ser reflectido no outro, criar
relacionamentos de fraternidade, dar o seu próprio tempo em generosidade, ou
seja, criar raízes que alicerçam em Deus, que alimenta este tipo de projectos.
E isto faz toda a diferença. A disponibilidade demonstrada leva ao empenhamento
posto nos detalhes mais pequenos. O cansaço torna-se secundário porque se
descansa no próprio Cristo. Uma obra só permanece se for Obra de Deus, só assim
se faz bem o bem.
É bom saber-se que no mundo (e nem sempre nos apercebemos
disso), há quem tenha alegria para comunicar, afecto para distribuir, consolo
para aliviar, tempo para ser posto à disposição de quem precisa.
A história da Visitação ensina-nos o significado da amizade
e da comunidade… sozinhos nada podemos fazer. Deus quer que partilhemos uns com
os outros para que a Sua graça dê frutos. Maria e Isabel viveram juntas durante
três meses, dando coragem uma à outra para enfrentarem a maternidade
extraordinária que lhes foi concedida e que, não sendo possível aos olhos dos
homens, as fez compreender que “a Deus nada é impossível”.
É neste contexto que, pensamos, a Obra de Santa Zita vive o
seu projecto de entrega aos outros, com a disponibilidade que nos foi dado
testemunhar, sem reservas, num espírito de total entrega e interesse na
resolução das situações mais diversas.
Teresa Mercês de Mello, filha e de Ema Macedo, irmã
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